Notícia
Exportações continuam a abrandar
Em Maio, as exportações de bens continuaram mais baixas do que há um ano atrás, sobretudo devido a Angola, para onde as vendas caíram 42,5%. As importações também se reduziram.
A crise em Angola, que se tinha transformado num dos principais parceiros comerciais com Portugal, continua a penalizar nas exportações portuguesas. Durante o mês de Maio, a venda de bens para o exterior continuou abaixo do valor de 2015, registando a sua terceira quebra mensal homóloga consecutiva. A boa notícia é que as importações estiveram igualmente em recuo, e a um ritmo mais acelerado, o que permitiu um alívio da balança comercial portuguesa.
Segundo as estatísticas do Instituto Nacional de Estatística (INE) libertadas esta segunda-feira, dia 11 de Junho, Portugal continua a exportar a um ritmo inferior ao do ano passado. Em Maio, a venda de bens ao exterior caiu 0,7% face ao mesmo mês de 2015, acumulando já um recuo de 2,3% entre Janeiro e Maio.
Na origem destas quebras continuadas está o abrandamento da procura por parte de países de fora da União Europeia, nomeadamente Angola, para onde as vendas caíram 42,5%, assinala o INE. Dentro do espaço europeu, destaca-se a Holanda, para onde se vendeu menos 19,8% face a 2015. Já quando se compara a evolução das exportações face ao mês anterior, Abril, regista-se um avanço na ordem dos 1,8%. O INE assinala que esta evolução se deve, sobretudo, a um espevitar das relações comerciais com os países de fora da Europa.
Na frente das importações, também se registam contracções. Em termos homólogos, isto é, quando comparado com Maio de 2015, as compras de bens ao exterior foram agora 3,6% inferiores, e também aqui sobretudo devido a um arrefecimento das relações comerciais com Estados terceiros. Segundo o INE, as importações de Angola caíram 99,7%, ao passo que as compras aos Estados Unidos se contraíram 39,7%.
O facto de as importações caírem mais do que as exportações permite que o saldo com o exterior tenha melhorado. Em Maio, a economia portuguesa tinha um défice da balança comercial de 937 milhões de euros, menos 164 milões de euros face ao mesmo mês de 2015, assinala o instituto de estatística.