As exportações portuguesas de bens cresceram, em termos nominais, 2,8% no segundo trimestre face ao ano anterior, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta segunda-feira. O crescimento foi superior ao das importações, que terão registado um acréscimo homólogo de 0,6% entre abril e junho.

"O aumento nas transações de bens inverte um período de quatro trimestres consecutivos de variações negativas, quer nas exportações quer nas importações", indica o INE.

No primeiro trimestre, as exportações portuguesas de bens nos primeiros três meses do ano ficam 4,2% abaixo do registado em igual período de 2023. Já as importações registam uma dimuição de 6,2%. Isso fez com que, no primeiro semestre, o saldo da balança comercial acumulasse um défice de 5.692 milhões de euros.

A explicar em parte esse recuo nas transações de bens, está o processo de desinflação. Como os dados das exportações e importações são apresentados em valores nominais, isso significa que não excluem os efeitos da inflação. Por isso, a descida dos preços das mercadorias tem refleto direto na contabilização do valor total de bens exportados e importados por Portugal.

No segundo trimestre, com as exportações de bens a subirem mais do que as importações, é esperada uma melhoria do saldo da balança comercial. O valor exato dessa melhoria deverá ser conhecido quando for divulgado o próximo destaque mensal com dados do comércio internacional, que está agendado para 9 de agosto.

(notícia atualizada)