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Trocas comerciais de bens voltam a cair em junho. Exportações recuam 3,8%

Dados do INE revelam que as exportações portuguesas de bens tiveram uma queda homóloga de 3,8% em junho, enquanto as importações caíram 6,4% face a igual período do ano passado. Défice comercial diminuiu 323 milhões, para 1.892 milhões de euros.

Mariline Alves
09 de Agosto de 2024 às 11:25
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As exportações portuguesas de bens tiveram uma queda homóloga de 3,8%, em termos nominais (que não excluem o efeito da inflação), em junho, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A queda das exportações foi menor do que a das importações, que caíram 6,4% face ao ano passado.

Este é o segundo mês consecutivo de quedas nas exportações e importações portuguesas de bens. Em maio, as exportações tinham já caído 0,8%, depois de ter crescido acima de 15% no mês anterior. Já as importações contraíram 3,6%. Parte dessa diminuição foi explicada pela desaceleração dos preços das mercadorias comercializadas, tendo em conta que os dados são apresentados em termos nominais, ou seja, não excluem o efeito da inflação. 

Em junho, os preços por cada bem exportado tiveram uma queda de 0,1% face ao ano passado, enquanto os preços dos bens importados caíram 2,7% por unidade. Sem contar com os produtos petrolíferos, houve um decréscimo de 0,8% nos preços das exportações e uma diminuição de 3,4% nos preços das importações.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e importações de bens tiveram uma queda homóloga bastante idêntica: as exportações diminuíram 4,7%, enquanto as importações contraíram 4,6%.

Com as importações a caírem mais do que as exportações, o défice comercial melhorou para 1.892 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 323 milhões face a igual período do ano passado. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice comercial recuou 68 milhões, para 1.533 milhões.

O INE indica que, no mês de junho, destacaram-se as quedas nas exportações de material de transporte (-18,5%), "sobretudo automóveis para transporte de passageiros", e as quedas nas importações de combustíveis e lubrificantes (-19,9%), "devido, essencialmente, ao decréscimo em volume (-42,1%) dos óleos brutos de petróleo".

Apesar das quedas nas trocas comerciais em maio e junho, no segundo trimestre, as transações de bens inverteram um período de quatro trimestres consecutivos de variações negativas. As exportações portuguesas de bens cresceram 2,9%, enquanto as importações tiveram um acréscimo homólogo de 0,8% entre abril e junho.

(notícia atualizada às 11:48)

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