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Trocas comerciais portuguesas caem em maio. Exportações contraem 1,5%

Dados do INE revelam que as exportações portuguesas tiveram uma queda homóloga de 1,5% em maio, enquanto as importações caíram 3,4%. Maior queda das importações permitiu melhorar défice comercial, que atingiu 2.234 milhões de euros em maio.

A economia está mais dependente do exterior o que penaliza o valor gerado pelas exportações e pelo investimento.
Brendan McDermid/Reuters
10 de Julho de 2024 às 11:27
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As trocas comerciais portuguesas caíram, em termos nominais (sem descontar os efeitos da inflação), em maio, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As exportações portuguesas contraíram, em termos homólogos, 1,5%, enquanto as importações tiveram uma queda de 3,4%, o que permitiu melhorar o défice comercial nacional.

Com as importações a caírem mais do que as exportações no mês de maio, o défice da balança comercial diminuiu, em termos nominais, para 2.234 milhões de euros. O valor corresponde a menos 216 milhões de euros, em termos homólogos. Sem contar com combustíveis e lubrificantes, o défice comercial nacional registou um decréscimo de 194 milhões, para um total de 1.695 milhões de euros.

O INE dá conta que os combustíveis e lubrificantes representaram 24,2% do défice da balança comercial em maio, um valor superior aos 17,5% registados em abril. Face a isso, o défice da balança comercial sem considerar esses produtos totalizou 1.695 milhões de euros, o que corresponde a um desagravamento de 245 milhões face ao mês anterior.

Sem contar com combustíveis e lubrificantes, houve um decréscimo de 2,4% nas exportações em maio e de 4,2% nas importações, em comparação com igual período do ano passado. No mês anterior, as exportações tinham registado um aumento, em termos homólogos, de 12,2% e as importações tinham crescido 12,4%.

Parte da desaceleração das exportações e importações foi explicada pela descida dos preços dos bens transacionados. Como os valores são apresentados em termos nominais, isso significa que refletem a variação de preços. Ora, em maio, os preços por cada bem exportado tiveram uma variação homóloga nula. Já nas importações, os preços por cada bem caíram 2%, melhorando o défice comercial.

Excluindo os produtos petrolíferos, houve uma descida de 0,8% no índice de valor unitário (preços) das exportações e um decréscimo de 3,2% no preços de cada bem importado.

Considerando os principais países parceiros comerciais de Portugal em 2023, verificou-se um decréscimo das transações de bens com Espanha (-5,8% nas exportações e -3,2% nas importações), "principalmente de combustíveis e lubrificantes". Houve ainda uma diminuição nas exportações para França (-7,3%), "sobretudo material de transporte", e das importações provenientes da Alemanha (-7,3%), "principalmente material de transporte e fornecimentos industriais".

Em comparação com abril, as exportações diminuíram, em termos mensais, 0,3% e as importações caíram 1,5% em maio. No mês anterior, as exportações tinham registado uma melhoria mensal de 1,2% e as importações tiveram um aumento também mensal de 9,1%.


(notícia atualizada às 11:55)

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