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Exportações crescem apenas 1,2% no terceiro trimestre. Importações sobem 6,3%

As importações cresceram cinco vezes mais do que as exportações durante o terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, segundo os dados do INE.

08 de Novembro de 2019 às 11:04
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As exportações de bens cresceram apenas 1,2% entre junho e setembro deste ano, face ao mesmo período de 2018, ao passo que as importações aumentaram 6,3%, cinco vezes mais. Os números foram divulgados esta sexta-feira, 8 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

"No 3.º trimestre de 2019, as exportações e as importações aumentaram 1,2% e 6,3%, respetivamente, face ao 3.º trimestre de 2018", revela o gabinete de estatísticas. Este ritmo de crescimento representa uma desaceleração face à subida de 5,8% das exportações no terceiro trimestre de 2018. 
 
Estes dados publicados pelo INE não são deflacionados, ou seja, não têm em conta a variação de preços. Além disso, não estão incluídas as exportações ou importações de serviços, componente onde se encontra o turismo.

Analisando o acumulado até setembro, as exportações estão a crescer 2,5% ao passo que as importações - cuja base já é maior que a das exportações - aumentam 7,9%.
É esta evolução que tem levado à deterioração do défice comercial, o que penaliza as contas externas de Portugal. Desde o início do ano, o défice comercial de bens já aumentou 27% face ao mesmo período do ano passado, situando-se nos 15,6 mil milhões de euros. 

Excluindo os combustíveis e os lubrificantes, o défice comercial é menos expressivo, mas a tendência de agravamento é semelhante, como ilustram os dois gráficos do INE do saldo comercial acumulado nos últimos quatro anos. 

Exportações crescem 5,8% em setembro. Importações engordam 13,2%
Focando apenas em setembro, o INE revela que as exportações cresceram 5,8% ao passo que as importações aumentaram 13,2%, mantendo-se a tendência de um crescimento superior das compras ao exterior do que as vendas ao exterior.

Entre as grandes categorias de bens, "destacam-se os acréscimos nas exportações e importações de Material de transporte (+19,8% e +30,1%, respetivamente) e nas importações de Combustíveis e lubrificantes (+40,4%)", explica o gabinete de estatística.

No caso dos combustíveis, o aumento das importações, principalmente com origem em Espanha, deve-se, em parte, "ao encerramento para manutenção da refinaria de Sines na primeira quinzena de setembro". Tal como ocorreu no mês passado, esta paragem deverá ter contribuído também para o decréscimo das exportações de combustíveis, "o único decréscimo na globalidade das grandes categorias económicas em ambos os fluxos", assinala o INE. 

Quanto ao dinamismo no comércio de material de transporte, o motivo mantém-se igual ao dos meses anteriores: "O acréscimo do Material de transporte em ambos os fluxos resultou principalmente dos aumentos de Outro material de transporte (maioritariamente aviões)", esclarece o destaque. A origem desses fluxos está em França, onde está a Airbus, a fabricante de aviões de referência na Europa.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)
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