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Europeus veem Zona Euro a crescer menos e maior perda de poder de compra em 2023

Os inquéritos do BCE mostram que as expectativas dos cidadãos sobre o crescimento económico na Zona Euro se agravaram. Os europeus antecipam novas subidas da inflação e mais perda de poder de compra.

O Governo publicou em dezembro a portaria que confirma que por causa da mortalidade da pandemia a idade da reforma vai baixar em 2023 para os 66 anos e quatro meses.
Pedro Nunes/Reuters
07 de Dezembro de 2022 às 11:18
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Os cidadãos europeus antecipam um crescimento mais contido na Zona Euro devido à guerra na Ucrânia e à queda do poder de compra das famílias. E estão menos otimistas em relação à recuperação do poder de compra, revela o inquérito mensal às expectativas dos consumidores divulgado esta quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE). 

A análise mostra que, entre os países do euro, as expectativas dos cidadãos para o crescimento económico se agravaram, de -2,4% em setembro para -2,6% em outubro. Isso explica também as previsões menos otimistas em relação ao mercado de trabalho. "As expectativas para a taxa de desemprego nos próximos 12 meses subiram para 12,5%, face aos 12,2% em setembro", aponta o BCE.

Ainda assim, os inquiridos pelo banco central aumentaram a expectativa de virem a encontrar um emprego nos próximos três meses. Os dados trimestrais mostram que, em julho, 27,3% acreditavam que iriam encontrar emprego nos próximos três meses e agora a percentagem é de 27,9%. Já os entrevistados com emprego reduziram ligeiramente a perceção de perda de emprego nos próximos três meses para 9,2%, face aos 9,4% registados em julho.

A subir continuam as expectativas em relação à inflação. O estudo do BCE indica que "a perceção da inflação ao longo dos próximos 12 meses continuou a subir, com a taxa mediana a fixar-se agora nos 9,9%". Essas expectativas estão, contudo, "muito abaixo" do observado no ano passado, com os inquiridos entre os 18 e 34 anos mais otimistas sobre um eventual abrandamento da inflação, numa altura em que os indicadores apontam para um ponto de viragem na inflação

Com a inflação ainda a acelerar, os consumidores europeus esperam que o rendimento nominal cresça 0,7% no próximo ano, o que representa uma melhoria ligeira face aos 0,6% registados em setembro. Ainda assim, preveem agora um aumento de 4,7% na despesa nominal nos próximos 12 anos, mais 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior, o que se deverá traduzir em mais perda de poder de compra no próximo ano.

Questionados ainda sobre a subida dos preços das casas, os cidadãos do euro antecipam que o valor do seu imóvel cresça 3% nos próximos meses. Já as expectativas para as taxas de juros de hipotecas nos próximos 12 meses aumentaram novamente para 4,7%, 1,4 pontos percentuais acima do valor registado no início de 2022.
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