Notícia
Peso do endividamento no PIB atinge mínimo de 2010
O endividamento da economia fixou-se em 719,7 mil milhões de euros em Março deste ano, uma redução face a Fevereiro e que corresponde a 369,9% do PIB. Este é o peso mais baixo desde o quarto trimestre de 2010.
O endividamento da economia portuguesa recuou 1,2 mil milhões de euros de Fevereiro para Março graças à diminuição da dívida do sector privado, uma vez que o sector público deu um contributo negativo. Dentro dos privados foram as empresas que ajudaram para este resultado. O endividamento da economia corresponde actualmente a 369,9% do PIB, o valor mais baixo desde o período pré-troika.
"A redução do endividamento do sector privado materializou-se numa redução do financiamento externo às empresas", explica o Banco de Portugal na nota de informação estatística divulgada esta terça-feira. Nas empresas privadas o endividamento diminuiu de 261,5 mil milhões para 260,3 mil milhões de euros.
Ainda dentro do sector privado, os particulares praticamente mantiveram o mesmo nível de endividamento. Ao todo, os agregados familiares tinham 141,4 mil milhões de euros em dívida no final do primeiro trimestre. Em percentagem do PIB, o endividamento dos particulares caiu de 73,3% em Dezembro de 2017 para 72,7% em Março de 2018.
Já o endividamento do sector público aumentou ligeiramente: foram cerca de mais 100 milhões de euros. "Este aumento traduziu-se num acréscimo do endividamento externo e junto das próprias administrações públicas, parcialmente compensado pela redução do financiamento concedido pelo sector financeiro e pelas empresas", assinala o Banco de Portugal.
No bolo total dos 719,7 mil milhões de euros, o endividamento do sector privado continua a ser superior ao endividamento público. Os privados têm uma dívida de 401,6 mil milhões de euros enquanto o endividamento do sector público está nos 318,1 mil milhões de euros.
Fazendo o rácio entre o endividamento e a dimensão da economia, o PIB, é possível concluir que em Março o peso do endividamento da economia portuguesa foi o mais baixo desde o quarto trimestre de 2010. Nesse trimestre tinha sido de 365,61% e durante todo o período de ajustamento foi superior a este valor. O pico foi atingido em 2013.
Isto acontece após 2017 ter sido o ano com o maior crescimento económico desde 2000: a economia cresceu 2,7% no ano passado. Já este ano, no primeiro trimestre, o PIB avançou 2,1%. Ainda assim, segundo o boletim económico de Maio do Banco de Portugal, a economia portuguesa está 1,3% abaixo do nível observado em 2008, no início da crise financeira internacional.
(Notícia actualizada pela última vez às 12h08)
"A redução do endividamento do sector privado materializou-se numa redução do financiamento externo às empresas", explica o Banco de Portugal na nota de informação estatística divulgada esta terça-feira. Nas empresas privadas o endividamento diminuiu de 261,5 mil milhões para 260,3 mil milhões de euros.
Já o endividamento do sector público aumentou ligeiramente: foram cerca de mais 100 milhões de euros. "Este aumento traduziu-se num acréscimo do endividamento externo e junto das próprias administrações públicas, parcialmente compensado pela redução do financiamento concedido pelo sector financeiro e pelas empresas", assinala o Banco de Portugal.
No bolo total dos 719,7 mil milhões de euros, o endividamento do sector privado continua a ser superior ao endividamento público. Os privados têm uma dívida de 401,6 mil milhões de euros enquanto o endividamento do sector público está nos 318,1 mil milhões de euros.
Fazendo o rácio entre o endividamento e a dimensão da economia, o PIB, é possível concluir que em Março o peso do endividamento da economia portuguesa foi o mais baixo desde o quarto trimestre de 2010. Nesse trimestre tinha sido de 365,61% e durante todo o período de ajustamento foi superior a este valor. O pico foi atingido em 2013.
Isto acontece após 2017 ter sido o ano com o maior crescimento económico desde 2000: a economia cresceu 2,7% no ano passado. Já este ano, no primeiro trimestre, o PIB avançou 2,1%. Ainda assim, segundo o boletim económico de Maio do Banco de Portugal, a economia portuguesa está 1,3% abaixo do nível observado em 2008, no início da crise financeira internacional.
(Notícia actualizada pela última vez às 12h08)