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Endividamento da economia desce para 348,3% do PIB no 3.º trimestre. Está em mínimos de 10 anos

O endividamento da economia subiu para os 725,8 mil milhões de euros em setembro, mas em percentagem do PIB continuou a descer para mínimos de segundo trimestre de 2009.

21 de Novembro de 2019 às 11:01
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O endividamento da economia portuguesa baixou para os 348,3% do PIB no terceiro trimestre deste ano, abaixo dos 349,7% do PIB do segundo trimestre. Apesar de o montante de dívida ter subido, o crescimento do PIB tem permitido diminuir o peso do endividamento. O rácio está em mínimos do segundo trimestre de 2009 (348,2%). Os dados foram publicados esta quinta-feira, 21 de novembro, pelo Banco de Portugal.

"Em setembro de 2019, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 725,8 mil milhões de euros, dos quais 319,9 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 405,9 mil milhões de euros ao setor privado", escreve o banco central.

De facto, os 725,8 mil milhões de euros de setembro (terceiro trimestre) ficam acima dos 725 mil milhões de euros de junho (segundo trimestre). Nesta ótica, o endividamento da economia (apenas setor não financeiro) continua a subir e atinge máximos em alguns meses.

No entanto, o indicador mais relevante para medir o endividamento de um país (Estado, empresas públicas e privadas e famílias) é o seu peso no PIB dado que o coloca em perspetiva da produção da economia.

Nesta ótica, o rácio tem vindo a cair e atingiu um mínimo de dez anos no terceiro trimestre de 2019, tal como mostra o gráfico. Para este desempenho tem contribuído o crescimento do PIB acima do crescimento da dívida.

Face ao pico de 426,6% no segundo trimestre de 2013, o rácio do endividamento da economia portuguesa já baixou 78,3 pontos percentuais.

Endividamento sobe em setembro principalmente no setor privado
Segundo os dados do Banco de Portugal, foi o setor privado a ditar a subida de 1,9 mil milhões de euros do endividamento em setembro face ao valor de agosto. "Este aumento deveu-se, essencialmente, ao acréscimo de 1,7 mil milhões de euros no endividamento do setor privado e de 0,2 mil milhões de euros no endividamento do setor público", explica o banco central.

No caso do setor privado, a maior parcela (1,5 mil milhões de euros) resultou do aumento do endividamento das empresas privadas face ao exterior. Além disso, o endividamento dos particulares face ao setor financeiro também aumentou 200 milhões de euros.

Já no setor público, a subida do endividamento resultou no acréscimo da dívida face ao exterior em 1,1 mil milhões de euros. Esse aumento foi parcialmente compensado pela diminuição do endividamento face ao setor financeiro.

(Notícia atualizada às 11h15 com mais informação)
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