Notícia
Empresas antecipam travagem no investimento em 2020 com pessimismo nas vendas
O investimento empresarial deverá crescer 3,6% em 2020, ligeiramente abaixo da estimativa para 2019, segundo as expectativas das empresas.
A queda das perspetivas de vendas das empresas está a limitar o aumento do investimento em 2019 e assim continuará em 2020. Esta é a expectativa das empresas, segundo o Inquérito de Conjuntura ao Investimento realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cujos resultados foram divulgados esta sexta-feira, 24 de janeiro.
Os empresários antecipam que o investimento empresarial cresça 3,6%, em termos nominais, em 2020, o que representa uma desaceleração face à subida de 3,8% estimada para 2019 (há um ano a expectativa era de 4,4%). Após um pico de crescimento em 2016, a taxa de variação do investimento empresarial tem vindo a travar gradualmente, apesar de continuar positiva, como mostra o gráfico.
A limitar um maior investimento das empresas está a expectativa de que a procura não o exigirá num contexto de desaceleração da economia mundial. "O principal fator limitativo ao investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspetivas de venda", explica o INE, referindo que este fator ganhou peso entre 2019 e 2020. Por outro lado, isso é parcialmente compensado com a redução da incerteza relativa à rendibilidade dos investimentos.
É este pessimismo relativo às vendas futuras que leva os empresários a passar ao lado de investimentos para aumentar a capacidade de produção. Assim, tal como em 2019, em 2020, as empresas vão orientar o investimento mais para a substituição, o que é necessário para combater a depreciação (desgaste físico ou obsolescência tecnológica, por exemplo).
Os dados do gabinete de estatística permitem ainda dizer que deverão ser as empresas de grande dimensão - do quarto escalão (500 funcionários ou mais) - a contribuir mais para o crescimento do investimento dado que estas antecipam uma subida de 12,4%. Já as empresas mais pequenas antecipam variações abaixo da média e no escalão mais baixo uma contração.
"A ligeira desaceleração do investimento empresarial entre 2019 (3,8%) e 2020 (3,6%) é determinada principalmente pela evolução das empresas pertencentes ao 1º escalão de pessoal ao serviço [menos de 50 pessoas ao serviço], que passam de um contributo de 0,7 pontos percentuais em 2019 para -1,9 p.p. em 2020, refletindo taxas de variação de 2,7% e -7,6%, respetivamente", explica o INE.
Em termos de setores, o contributo positivo mais expressivo deverá ser dos transportes e armazenagem (62,7%) ao passo que as indústrias transformadoras (-11%) deverão dar o maior contributo negativo. No geral, também há cada vez menos empresas a mostrar a intenção de investir. O indicador de difusão do investimento (percentagem de empresas que refere a realização de investimentos) desceu de 88,3% em 2018 para 80,5% em 2019 e deverá continuar a baixar para 77,5% em 2020.
Os empresários antecipam que o investimento empresarial cresça 3,6%, em termos nominais, em 2020, o que representa uma desaceleração face à subida de 3,8% estimada para 2019 (há um ano a expectativa era de 4,4%). Após um pico de crescimento em 2016, a taxa de variação do investimento empresarial tem vindo a travar gradualmente, apesar de continuar positiva, como mostra o gráfico.
É este pessimismo relativo às vendas futuras que leva os empresários a passar ao lado de investimentos para aumentar a capacidade de produção. Assim, tal como em 2019, em 2020, as empresas vão orientar o investimento mais para a substituição, o que é necessário para combater a depreciação (desgaste físico ou obsolescência tecnológica, por exemplo).
Os dados do gabinete de estatística permitem ainda dizer que deverão ser as empresas de grande dimensão - do quarto escalão (500 funcionários ou mais) - a contribuir mais para o crescimento do investimento dado que estas antecipam uma subida de 12,4%. Já as empresas mais pequenas antecipam variações abaixo da média e no escalão mais baixo uma contração.
"A ligeira desaceleração do investimento empresarial entre 2019 (3,8%) e 2020 (3,6%) é determinada principalmente pela evolução das empresas pertencentes ao 1º escalão de pessoal ao serviço [menos de 50 pessoas ao serviço], que passam de um contributo de 0,7 pontos percentuais em 2019 para -1,9 p.p. em 2020, refletindo taxas de variação de 2,7% e -7,6%, respetivamente", explica o INE.
Em termos de setores, o contributo positivo mais expressivo deverá ser dos transportes e armazenagem (62,7%) ao passo que as indústrias transformadoras (-11%) deverão dar o maior contributo negativo. No geral, também há cada vez menos empresas a mostrar a intenção de investir. O indicador de difusão do investimento (percentagem de empresas que refere a realização de investimentos) desceu de 88,3% em 2018 para 80,5% em 2019 e deverá continuar a baixar para 77,5% em 2020.