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Economistas internacionais continuam otimistas para Portugal apesar do confinamento
A economia portuguesa vai recuperar quase 5% este ano e manterá um crescimento acima de 4% em 2022, de acordo com uma sondagem da Bloomberg a economistas internacionais.
O confinamento em Portugal durante os primeiros meses do ano não vai travar a dimensão da recuperação da economia portuguesa em 2021 que já era esperada há três meses.
Uma sondagem da Bloomberg a 19 economistas internacionais aponta para um crescimento do PIB de 4,7% este ano. Em dezembro do ano passado, a mesma sondagem apontava também para um crescimento económico de 4,7% em 2021.
Há três meses Portugal não estava em confinamento e a pandemia não tinha ainda atingido níveis muito graves no país, pelo que esta estimativa pode indicar que os economistas não antecipam que o confinamento tenha um impacto muito relevante na evolução da economia no conjunto do ano.
Por outro lado, quando a Bloomberg recolheu estas previsões em dezembro, os economistas apontavam para uma quebra no PIB de 2020 bem superior ao que foi anunciado. A economia portuguesa registou uma contração histórica de 7,6% em 2020, mas os economistas antecipavam uma quebra mais profunda de 8,7%.
Desta forma, o desempenho da economia portuguesa no final de 2020 (o PIB cresceu 0,2%) parece ser suficiente para mitigar o impacto do confinamento que arrancou em meados de janeiro e só agora começa a aliviar.
As estimativas dos economistas internacionais para este ano são também mais otimistas do que as avançadas por vários organismos. O Banco de Portugal prevê um crescimento de 3,9% e a Comissão Europeia estima um crescimento de 4,1% este ano. O Governo, apesar de ter inscrito no Orçamento uma meta de 5,4%, já reconheceu que irá adotar uma estimativa mais baixa. "A nossa estimativa não se afasta muito daquilo que a Comissão está a prever", disse o ministro das Finanças João Leão em entrevista ao Negócios.
No que diz respeito às estimativas para 2022, os economistas internacionais mostram-se mais optimistas. Apontam agora para um crescimento de 4,3% no PIB, quando em dezembro anteviam um crescimento de 3,5%.