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Economia portuguesa contrai 3,9% no nono trimestre consecutivo em quebra

PIB português acelerou ritmo de queda nos primeiros três meses do ano, registando o nono trimestre consecutivo de queda homóloga. Comparando com o último trimestre de 2012 a economia encolheu 0,3%.

Mariline Alves/Cofina Media
15 de Maio de 2013 às 10:05
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A economia portuguesa acelerou o ritmo de queda no primeiro trimestre do ano, com o PIB a recuar 3,9% em termos homólogos, o que representa a contracção mais acentuada dos nove trimestres de recessão que se registam desde o início de 2011.

 

Segundo anunciou hoje o INE, o PIB recuou 0,3% no primeiro trimestre contra os três meses anteriores. Ambas as variações são piores do que o estimado pelos economistas da Católica, que apontavam para uma quebra homóloga de 3,7% e de 0,1% em cadeia.

 

Os dados mostram também que a recessão se agravou no primeiro trimestre deste ano, já que a quebra homóloga é a mais forte entre todos os nove trimestres em que a economia portuguesa está em recessão (ver gráfico em baixo).

 

O actual período de recessão iniciou no primeiro trimestre de 2011 e desde então em praticamente todos os trimestres a quebra homóloga tem vindo a ser mais intensa (a excepção foi o primeiro trimestre de 2012). No último trimestre de 2012 a quebra do PIB foi de 3,8%, sendo que nos dois trimestres anteriores a quebra do PIB foi também superior a 3%.  

 

Já a variação em cadeia do PIB foi menos intensa, já que a quebra no último trimestre de 2012 tinha sido de 1,8%.

 

Investimento em queda

 

Na estimativa rápida divulgada esta quarta-feira o INE salienta que “a procura interna apresentou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB, em resultado da diminuição mais acentuada do Investimento, com destaque para o comportamento da FBCF em Construção”.

 

O instituto realça ainda que “em sentido oposto, o contributo positivo da procura externa aumentou, reflectindo principalmente a redução mais intensa das Importações de Bens e Serviços”. O abrandamento das exportações terá também contribuído para a recessão mais profunda da economia portuguesa, já que a venda de bens ao exterior cresceu apenas 0,3% nos primeiros três meses do ano.

 

Meta do Governo para 2013 em risco

 

Caso a economia portuguesa continue a acentuar o ritmo da recessão, tal como se verificou no primeiro trimestre deste ano, a meta do Governo para 2013 parece estar ameaçada.

 

No ano passado o PIB contraiu 3,2% e as estimativas do executivo português apontam para uma quebra de 2,3% este ano.

 

No relatório hoje divulgado, o INE reviu em baixa a evolução do PIB de Portugal no segundo e terceiro trimestre, devido aos “dados mais recentes do comércio internacional de bens”, o que acabou por não ter impacto na variação da globalidade do ano. No segundo trimestre o PIB recuou 3,6% em termos homólogos, em vez dos 3,5% anteriormente avançados, enquanto no segundo trimestre a quebra foi de 3,2%, contra os 3,1% previamente anunciados.    

 

O cenário macro-económico divulgado em meados de Março pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar aponta para uma contracção do PIB de 2,3% neste ano, o que compara com a anterior previsão de queda do PIB de 1%, que serviu de base ao Orçamento do Estado para 2013.

 


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