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Economia desacelerou no final do ano passado. Consumo privado em mínimos de 2013

Os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal (BdP) apontam para a continuação da desaceleração económica no final do ano passado. O consumo privado está a crescer ao ritmo mais baixo em seis anos.

Mariline Alves
Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 18 de Janeiro de 2019 às 12:24
São vários os sinais de travagem da economia portuguesa no final do ano passado. Tanto o indicador de atividade económica do Instituto Nacional de Estatística (INE) para novembro de 2018 como o do Banco de Portugal (BdP) para dezembro registaram diminuições ligeiras. Ambos estão em mínimos do final de 2016, de acordo com os dados publicados pelas duas instituições esta sexta-feira, 18 de janeiro.

O indicador de atividade económica do INE está em mínimos de novembro de 2016 ao registar uma variação de 2% em novembro de 2018. "O indicador de atividade económica diminuiu em novembro, após ter aumentado no mês precedente", lê-se na síntese de conjuntura de dezembro divulgada hoje. Além disso, o indicador de clima económico também diminuiu em dezembro, à semelhança do mês anterior.

O indicador coincidente do Banco de Portugal para a atividade económica diminuiu em dezembro para 1,7%, atingindo também mínimos de 2016. Na ótica da produção, tendo em conta os dados do INE, a indústria, os serviços e a construção desaceleraram. 

Dentro da atividade económica, o indicador que mais se destaca é o consumo privado pela sua importância no PIB. De acordo com os dados do Banco de Portugal, o consumo privado cresceu em dezembro apenas 1%, atingindo mínimos de novembro de 2013.

Este comportamento deverá refletir-se numa travagem do consumo em Portugal no quarto trimestre de 2018. Esta desaceleração reflete um contributo negativo da componente de consumo duradouro (carros, casas, entre outros) e um contributo positivo menos expressivo do consumo não duradouro (alimentação, entre outros).

A quebra do consumo duradouro reflete a diminuição das vendas de automóveis ligeiros de passageiros (-9,9% em dezembro).
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