Notícia
Défice corrente e de capital até maio duplica face a 2018
A trajetória de deterioração das contas externas de Portugal manteve-se até maio deste ano.
O acumulado do défice da balança corrente e de capital entre janeiro e maio deste ano atingiu os 2,6 mil milhões de euros, o que compara com os 1,3 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. Os dados sobre a balança de pagamentos de maio foram divulgados esta quarta-feira, 17 de julho, pelo Banco de Portugal.
O agravamento do défice da balança corrente e de capital para o dobro nestes primeiros cinco meses deve-se "sobretudo" à balança de bens. Tal como têm vindo a mostrar os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo aos comércio internacional de bens, as importações de bens têm crescido muito mais do que as exportações.
O excedente comercial dado pelas exportações de serviços tinha vindo a compensar o défice dos bens, mas tal deixou de acontecer. "Em termos homólogos, o défice da balança de bens aumentou 1.901 milhões de euros e o excedente da balança de serviços diminuiu 25 milhões de euros", esclarece o banco central.
Em causa está um crescimento de 4,8% das exportações ao passo que as importações aumentaram 10,3%, conjugando bens e serviços. Assim, o défice comercial (junta bens e serviços) fixou-se nos 1,6 mil milhões de euros.
A contribuir de forma positiva, ainda que diminuta, para o défice da balança corrente e de capital esteve a balança de rendimento primário, cujo défice reduziu-se em 201 milhões de euros. "Esta variação resultou, principalmente, da redução dos juros pagos a entidades não residentes", explica o Banco de Portugal.
A balança de capital diminuiu ligeiramente de 571 milhões de euros para 532 milhões de euros entre janeiro e maio de 2019.
Já a balança financeira também se deteriorou de 972 milhões de euros para 2,2 mil milhões de euros. "Os passivos aumentaram, refletindo o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa e em sociedades não financeiras residentes", explica o banco central, acrescentando que esse efeito "foi parcialmente" compensado pelo aumento de ativos financeiros no exterior, "através do investimento dos bancos residentes em títulos de dívida emitidos por não residentes, e pela redução de depósitos de não residentes em bancos residentes".
O agravamento do défice da balança corrente e de capital para o dobro nestes primeiros cinco meses deve-se "sobretudo" à balança de bens. Tal como têm vindo a mostrar os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo aos comércio internacional de bens, as importações de bens têm crescido muito mais do que as exportações.
Em causa está um crescimento de 4,8% das exportações ao passo que as importações aumentaram 10,3%, conjugando bens e serviços. Assim, o défice comercial (junta bens e serviços) fixou-se nos 1,6 mil milhões de euros.
A contribuir de forma positiva, ainda que diminuta, para o défice da balança corrente e de capital esteve a balança de rendimento primário, cujo défice reduziu-se em 201 milhões de euros. "Esta variação resultou, principalmente, da redução dos juros pagos a entidades não residentes", explica o Banco de Portugal.
A balança de capital diminuiu ligeiramente de 571 milhões de euros para 532 milhões de euros entre janeiro e maio de 2019.
Já a balança financeira também se deteriorou de 972 milhões de euros para 2,2 mil milhões de euros. "Os passivos aumentaram, refletindo o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa e em sociedades não financeiras residentes", explica o banco central, acrescentando que esse efeito "foi parcialmente" compensado pelo aumento de ativos financeiros no exterior, "através do investimento dos bancos residentes em títulos de dívida emitidos por não residentes, e pela redução de depósitos de não residentes em bancos residentes".