Notícia
Católica espera que economia portuguesa cresça 2,2% este ano
A Universidade Católica está muito mais optimista do que as instituições internacionais em relação à evolução da economia portuguesa, antecipando um crescimento de 2,2% este ano.
O Núcleo de Estudos sobre a Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica espera que o produto interno bruto (PIB) nacional avance 2,2% em 2015, uma previsão muito mais elevada do que outras instituições, como o FMI ou a Comissão Europeia. A anterior projecção apontava para 1,9%. O NECEP justifica esta revisão em alta com a possibilidade de primeiro trimestre forte e a "inexistência de consequências óbvias da crise do BES no andamento da economia".
Recentemente, o FMI também reviu em alta a sua estimativa para o crescimento português, mas "apenas" para 1,6%. Sensivelmente a mesma previsão da Comissão Europeia.
No entanto, a Católica avisa que existem dois sinais negativos que poderão moderar o optimismo da previsão. São eles: "a inexistência de sinais inequívocos de uma forte recuperação do investimento e a existência de sinais contraditórios no mercado de trabalho que sugerem que o desemprego pode ter subido ligeiramente no primeiro trimestre do ano, mesmo tendo em consideração os efeitos sazonais", pode ler-se na Folha Trimestral de Conjuntura. "A estes factores pode, ainda, adicionar-se a ausência de crescimento nos indicadores de produção industrial."
Segundo o NECEP, a economia portuguesa já entrou numa fase de crescimento em linha com a média histórica, mas não deixa de apontar que os "sinais de recuperação cíclica ainda não são suficientemente robustos, nomeadamente, ao nível do investimento e o desemprego permanece num patamar elevado". A turbulência nos mercados que poderá ser provocada por uma subida de juros da Reserva Federal norte-americana não deverá travar a recuperação portuguesa.
Para 2016, a projecção da Católica é um crescimento de 1,9% (1,8% na última previsão).
(Notícia actualizada às 14h10)