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Bruxelas melhora previsões de crescimento para Zona Euro e UE
Os dois blocos económicos terão crescido ao nível mais alto da última década, segundo estimativas de Bruxelas, que acredita que o crescimento vai continuar "robusto" este ano e no próximo. O executivo comunitário avisa para necessidade de aprofundar a União Económica e Monetária.
A Comissão Europeia melhorou as previsões de crescimento económico para a Zona Euro e a União Europeia para os anos de 2017, 2018 e 2019. No ano passado, os dois blocos económicos terão crescido ao ritmo mais alto da última década, revela a Comissão nas previsões de Inverno, divulgadas esta quarta-feira, 7 de Fevereiro, onde Bruxelas avisa para a necessidade de aproveitar esta oportunidade para fortalecer a União Económica e Monetária com reformas.
"As taxas de crescimento na Zona Euro e na União Europeia superaram as expectativas no último ano à medida que a recuperação económica deu lugar à expansão económica. As economias da área do euro e da União Europeia deverão ter crescido 2,4% em 2017, o ritmo mais rápido numa década", refere o executivo comunitário.
Esta projecção é superior à que Bruxelas tinha avançado em Novembro, quando apresentou as previsões de Outono, e que apontava uma subida do PIB de 2,2% na Zona Euro e 2,3% na União Europeia.
Este desempenho "robusto" deverá continuar este ano e no próximo, com o PIB a subir 2,3% e 2%, na Zona Euro e no espaço da União Europeia. Nas projecções de Outono, a instituição apontava para crescimentos económicos de 2,1% e 1,9%, em 2018 e em 2019.
A Comissão acredita que este é o resultado do momento forte que a Europa atravessa, "onde o mercado de trabalho continua a melhorar e o sentimento económico é particularmente elevado.
A melhoria nas previsões económicas é acompanhada, no entanto, por um aviso para a necessidade de as economias europeias aproveitarem a oportunidade para se fortalecerem.
"Devemos usar este tempo para tornar as nossas economias mais resilientes e aprofundar a União Económica e Monetária", defende o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, de acordo com a nota enviada à imprensa. A mesma ideia é defendida pelo comissário para os assuntos económicos e financeiros, Pierre Moscovici, que argumenta que "esta janela de oportunidade para reformar não ficará aberta para sempre: o momento para tomar as decisões ambiciosas necessárias para fortalecer a União Económica e Monetária é agora".