Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Banco de Portugal: exportações continuarão a aproximar-se de 50% do PIB até 2019

As novas previsões do Banco de Portugal apontam para uma economia portuguesa cada vez mais aberta ao comércio internacional. As exportações deverão representar 46% do PIB em 2019. Porém, o crescimento mais veloz das importações prejudicará o excedente comercial português.

Pedro Elias/Negócios
29 de Março de 2017 às 14:38
  • ...

O Boletim Económico publicado esta quarta-feira, 29 de Março, pelo Banco de Portugal traz novas previsões para a economia portuguesa, incluindo uma revisão em alta do crescimento. Entre os destaques está a evolução das exportações este ano e nos seguintes.

 

Os técnicos do Banco esperam que a economia portuguesa continue a aumentar a sua abertura face ao exterior nos próximos três anos, graças ao crescimento das exportações e das importações. Esse grau de abertura é medido pelo peso que a soma das duas rubricas tem no PIB. Actualmente em 79%, o BdP calcula que esse rácio chegará a 91% em 2019.

 

"A evolução do grau de abertura da economia portuguesa ao longo do período de projecção decorre essencialmente do forte aumento em volume das exportações e importações, estando também associada a um crescimento dos deflatores do comércio externo superior ao do deflator do PIB", explica o Banco de Portugal.

Este aumento do peso do comércio internacional tem sido e será especialmente relevante no que diz respeito às exportações. Em 2008, a venda de bens e serviços ao exterior representava apenas 31% do PIB. Hoje, ascende a 40% e esse peso deverá continuar a aumentar para 46% até 2019.

 

No entanto, não são apenas as exportações que crescem. As importações também seguem esta trajectória ascendente, devido à recuperação de rubricas muito dependentes das compras ao exterior - como o investimento - bem como ao aumento do preço do petróleo.

 

Nas projecções anteriores, o Banco de Portugal esperava que exportações e importações crescessem ao mesmo ritmo. Agora, antecipa que as primeiras avancem 6% e as segundas 7,3%. O resultado é uma degradação do excedente da balança de bens e serviços, que recua de 2,2% do PIB para 1,4%.

 

"A redução do excedente é ligeiramente menos acentuada no caso da balança corrente e de capital, num quadro de manutenção de taxas de juro baixas e de normalização da distribuição dos fundos comunitários no âmbito do actual programa de financiamento europeu", nota o Banco de Portugal.

O Boletim Económico revê em alta o crescimento da economia de 1,4% para 1,8% e antecipa uma descida mais rápida da taxa de desemprego, que deverá ficar abaixo dos 10% já este ano.

Ver comentários
Saber mais exportações importações economia crescimento banco de portugal
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio