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Apesar de "cenário adverso", Leão mantém previsão de retoma económica "significativa"
Mesmo que a economia europeia seja fortemente penalizada pelas sanções impostas à Rússia (e vice-versa), o ministro das Finanças está confiante de que Portugal tem margem para crescer este ano. "Forte" subida do PIB do ano passado deve impulsionar atividade económica este ano, defende.
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O ministro das Finanças, João Leão, reiterou esta segunda-feira que está confiante de que a economia portuguesa irá continuar a registar uma "recuperação significativa" este ano, apesar da conjuntura ser "adversa". Para o ministro, o crescimento será fomentado pelo "forte impulso" da atividade económica no final de 2021.
Depois de ter admitido anteriormente que a invasão russa da Ucrânia e as sanções económicas vão obrigar a uma revisão em baixa do produto interno bruto (PIB) português para este ano, o ministro veio agora sublinhar que, mesmo no cenário mais adverso, Portugal tem margem para prosseguir a trajetória de retoma económica este ano.
"Mesmo que a economia tenha momentos mais difíceis e não haja um grande crescimento em cadeia, Portugal tem aqui um impulso que vem da forte recuperação do ano passado, que nos permite mesmo, num cenário mais adverso, admitir um crescimento bastante significativo", referiu o ministro, à entrada para a reunião do Eurogrupo.
Sem avançar qualquer número em concreto, João Leão disse que Portugal está a trabalhar "num cenário, em linha com o que está a ser construído a nível europeu", em que "há uma revisão em baixa" do PIB mas que ainda dá uma perspetiva de forte crescimento para este ano".
João Leão justificou essa confiança na retoma com o facto de Portugal ter partido de "um nível baixo", após uma queda de 7,6% no PIB em 2020, e haver ainda "muita margem de recuperação da pandemia".
O ministro deixou, porém, um alerta: "Se a situação da Ucrânia se agravar e for um conflito com repercursões sobretudo ao nível da parte energética e do fornecimento de gás, as consequências podem ser mais graves".
Manter política orçamental "ágil e flexível"
Face a isso, João Leão defendeu que é "importante manter a política orçamental ágil e flexível para ajudar os países a enfrentarem esta situação" e que deve ser "equacionada e repensada" a reposição das regras orçamentais. Disse ainda que Portugal tem estado focado em reduzir a dívida pública e que "essa redução tem de ser feita de forma gradual e ser compatível com a ajuda à recuperação económica".
"A pandemia teve um impacto muito elevado nas dívidas públicas em toda a Europa. É importante que as regras não sejam cegas e impliquem reduções de dívida pública de tal forma acentuadas, que possam colocar em causa a recuperação económica europeia", frisou.
Depois de ter admitido anteriormente que a invasão russa da Ucrânia e as sanções económicas vão obrigar a uma revisão em baixa do produto interno bruto (PIB) português para este ano, o ministro veio agora sublinhar que, mesmo no cenário mais adverso, Portugal tem margem para prosseguir a trajetória de retoma económica este ano.
Sem avançar qualquer número em concreto, João Leão disse que Portugal está a trabalhar "num cenário, em linha com o que está a ser construído a nível europeu", em que "há uma revisão em baixa" do PIB mas que ainda dá uma perspetiva de forte crescimento para este ano".
João Leão justificou essa confiança na retoma com o facto de Portugal ter partido de "um nível baixo", após uma queda de 7,6% no PIB em 2020, e haver ainda "muita margem de recuperação da pandemia".
O ministro deixou, porém, um alerta: "Se a situação da Ucrânia se agravar e for um conflito com repercursões sobretudo ao nível da parte energética e do fornecimento de gás, as consequências podem ser mais graves".
Manter política orçamental "ágil e flexível"
Face a isso, João Leão defendeu que é "importante manter a política orçamental ágil e flexível para ajudar os países a enfrentarem esta situação" e que deve ser "equacionada e repensada" a reposição das regras orçamentais. Disse ainda que Portugal tem estado focado em reduzir a dívida pública e que "essa redução tem de ser feita de forma gradual e ser compatível com a ajuda à recuperação económica".
"A pandemia teve um impacto muito elevado nas dívidas públicas em toda a Europa. É importante que as regras não sejam cegas e impliquem reduções de dívida pública de tal forma acentuadas, que possam colocar em causa a recuperação económica europeia", frisou.