Notícia
Apesar da travagem económica, otimismo dos consumidores portugueses está a aumentar
A confiança dos consumidores reforçou-se em agosto pelo quinto mês consecutivo ao passo que os empresários mantiveram o otimismo. Na Zona Euro a tendência é semelhante.
Apesar de a economia portuguesa ter desacelerado, a confiança dos consumidores portugueses inverteu a tendência de descida em abril e acelerou até agosto. Este é o quinto mês consecutivo em que o otimismo dos portugueses sai reforçado.
"O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre abril e agosto, contrariando o movimento descendente registado desde junho de 2018", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 29 de agosto, no destaque com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores relativos a este mês.
Este aumento do otimismo dos portugueses deve-se ao contributo positivo de todas as componentes do inquérito realizado pelo INE: as perspetivas relativas à situação económica do país e à realização de compras importantes, opiniões sobre a situação financeira do agregado familiar e expectativas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar.
Ou seja, as famílias não só estão mais otimistas sobre a sua situação financeira atual e acreditam que vão conseguir realizar compras importantes, como também se mostram mais confiantes sobre a sua situação futura.
Isto num momento em que na Europa (e também a nível mundial) se teme que haja uma recessão nos próximos meses ou anos. O maior sinal de alerta na Zona Euro, neste momento, é a Alemanha, onde o PIB contraiu no segundo trimestre. Caso volte a contrair no terceiro trimestre, a maior economia do euro entrará em recessão técnica (dois trimestres consecutivos de contração).
Empresários mantêm confiança
Em relação aos empresários, o clima económico manteve-se inalterado em agosto face a julho, após uma diminuição ligeira no mês anterior. Contudo, há diferenças entre setores.
"Em agosto, os indicadores de confiança diminuíram no Comércio e nos Serviços, tendo aumentado na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas", revela o gabinete de estatísticas.
No caso da indústria transformadora melhoraram as opiniões sobre a procura global e as perspetivas de produção, apesar da evolução dos stocks ter contribuído negativamente. No caso da construção e obras públicas tanto a carteira de encomendas como as perspetivas de emprego evoluíram de forma favorável.
Já no comércio deterioraram-se as componentes de volume de vendas e as perspetivas de atividade. Nos serviços a queda foi transversal a todas as componentes.
Confiança também aumenta na Zona Euro
Apesar do risco de recessão, também na Zona Euro a confiança dos empresários aumentou.
O indicador de sentimento económico divulgado esta quinta-feira, 29 de agosto, pela direção-geral dos assuntos económicos e financeiros da Zona Euro aumentou 0,4 pontos para os 103,1 pontos.
Esta melhoria reflete uma confiança maior na indústria e no comércio do retalho, ao passo que a confiança deteriorou-se "significativamente" nos serviços e na construção. Em termos de países, Espanha regista a maior melhoria e Itália a maior queda na confiança.
(Notícia atualizada às 10h23 com mais informação sobre os indicadores a nível europeu)
"O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre abril e agosto, contrariando o movimento descendente registado desde junho de 2018", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 29 de agosto, no destaque com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores relativos a este mês.
Ou seja, as famílias não só estão mais otimistas sobre a sua situação financeira atual e acreditam que vão conseguir realizar compras importantes, como também se mostram mais confiantes sobre a sua situação futura.
Isto num momento em que na Europa (e também a nível mundial) se teme que haja uma recessão nos próximos meses ou anos. O maior sinal de alerta na Zona Euro, neste momento, é a Alemanha, onde o PIB contraiu no segundo trimestre. Caso volte a contrair no terceiro trimestre, a maior economia do euro entrará em recessão técnica (dois trimestres consecutivos de contração).
Empresários mantêm confiança
Em relação aos empresários, o clima económico manteve-se inalterado em agosto face a julho, após uma diminuição ligeira no mês anterior. Contudo, há diferenças entre setores.
"Em agosto, os indicadores de confiança diminuíram no Comércio e nos Serviços, tendo aumentado na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas", revela o gabinete de estatísticas.
No caso da indústria transformadora melhoraram as opiniões sobre a procura global e as perspetivas de produção, apesar da evolução dos stocks ter contribuído negativamente. No caso da construção e obras públicas tanto a carteira de encomendas como as perspetivas de emprego evoluíram de forma favorável.
Já no comércio deterioraram-se as componentes de volume de vendas e as perspetivas de atividade. Nos serviços a queda foi transversal a todas as componentes.
Confiança também aumenta na Zona Euro
Apesar do risco de recessão, também na Zona Euro a confiança dos empresários aumentou.
O indicador de sentimento económico divulgado esta quinta-feira, 29 de agosto, pela direção-geral dos assuntos económicos e financeiros da Zona Euro aumentou 0,4 pontos para os 103,1 pontos.
Esta melhoria reflete uma confiança maior na indústria e no comércio do retalho, ao passo que a confiança deteriorou-se "significativamente" nos serviços e na construção. Em termos de países, Espanha regista a maior melhoria e Itália a maior queda na confiança.
Contudo, no conjunto da União Europeia, o indicador da confiança dos empresários baixou em agosto. Essa queda deve-se principalmente ao desempenho particularmente negativo do Reino Unido a dois meses de sair da UE.In August 2019, the Business Climate Indicator (BCI) for the euro area increased markedly (by 0.22 points to + 0.11).
— EU Economy & Finance (@ecfin) August 29, 2019
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(Notícia atualizada às 10h23 com mais informação sobre os indicadores a nível europeu)