Notícia
Vereador Sampaio Pimentel da Câmara do Porto morreu aos 46 anos
O vereador da Câmara Municipal do Porto Manuel Sampaio Pimentel morreu hoje de manhã, aos 46 anos, confirmou à Lusa fonte da família.
01 de Novembro de 2016 às 14:28
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, anunciou esta terça-feira, 1 de Novembro, que vão ser decretados três dias de luto municipal pela morte do vereador Manuel Sampaio Pimentel.
Ainda de acordo com informações prestadas pela Câmara Municipal do Porto, o corpo de Sampaio Pimentel seguirá ainda hoje para a Igreja do Foco, sendo realizada, na quarta-feira às 14:00, uma missa de corpo presente antes de ser levado para o Cemitério do Prado do Repouso, onde será cremado.
Nascido no Porto, na freguesia da Sé, militante do CDS/PP e formado em Direito, Sampaio Pimentel foi, em 2013, o número dois da lista do actual presidente da autarquia, Rui Moreira (independente). Assumiu o pelouro da Fiscalização e Proteção Civil até Julho, altura em que pediu a suspensão do mandato por razões de saúde.
Sampaio Pimentel já tinha ocupado o mesmo cargo na Câmara do Porto durante sete anos, com Rui Rio na presidência: foi eleito em 2005, no segundo mandato do social-democrata (o primeiro com maioria absoluta, o segundo em coligação com o CDS/PP) e deixou a autarquia em 2012, após ter sido nomeado director de Segurança Social do Centro Distrital do Porto.
Manteve-se em funções na Segurança Social até voltar à autarquia, no fim de 2013, na sequência da vitória da lista independente de Moreira nas eleições de Setembro.
Em Agosto desse ano, Rui Moreira disse que Sampaio Pimentel era "uma escolha individual" e uma "garantia" relativamente ao primeiro pilar da candidatura, a coesão social.
"Foi das pessoas mais activas no nosso primeiro manifesto. Mais do que isso, disse que qualquer que fosse a posição do seu partido apoiaria Rui Moreira. Há coisas que a gente não esquece. Merece-me toda a confiança por tudo o que tem feito na vida, pela postura que tem e pela função que exerce na Segurança Social", afirmou o então candidato.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica, Pimentel fez duas pós-graduações, em Fiscalidade e em Ciências Jurídico-Empresariais.
Em 1997, Sampaio Pimentel foi director de campanha de Carlos Azeredo, o general que a coligação PSD/CDS escolheu para defrontar o socialista Fernando Gomes, que acabaria eleito para o terceiro mandato na Câmara do Porto.
Com Rui Rio, Pimentel foi eleito duas vezes, em 2005 e 2009.
Assumiu a tutela da Protecção Civil, dos Recursos Humanos e das Actividades Económicas, e foi um dos responsáveis políticos pelo processo de reabilitação do Mercado do Bom Sucesso, situado na zona da Boavista.
Quando saiu da Câmara, em 2012, Pimentel destacou a missão de "dar nova vida" ao Bom Sucesso e aquilo que designou como "o último grande desafio" que lhe foi lançado por Rui Rio: criar de raiz uma estrutura municipal que congregasse a fiscalização municipal.
"E é assim que surge, o Departamento Municipal de Fiscalização, com duas divisões: uma direccionada para a fiscalização geral - que trata da afixação de publicidade comercial e propaganda política na via pública, mas não só - e outra, cujo objectivo é fiscalizar as obras particulares", descreveu, num comunicado de "despedida" da autarquia.
"É, hoje, mais um serviço camarário respeitado e a chegar à velocidade de cruzeiro, sabendo todos nós que muito há a fazer, com a vantagem de hoje sabermos por onde ir", acrescentou.
Quanto à área dos Recursos Humanos, Pimentel assinalou a instalação do sistema biométrico de controlo da assiduidade, a redução do efectivo de 3.300 para 2.800 funcionários municipais e a redução de horas extraordinárias que, em cerca de quatro anos, baixou de "cerca de mais de 3,3 milhões de euros para 800 mil euros".
Reacção de Rui Rio
O anterior presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, lembrou o vereador Manuel Sampaio Pimentel, como um "amigo sincero" que era o oposto da "hipocrisia e da falsidade".
Numa declaração escrita enviada à Lusa, Rui Rio referiu que a notícia da morte de Sampaio Pimentel, vereador no seu Executivo entre 2005 e 2012, é "um enorme desgosto" pela perda de alguém que sempre agiu "de uma forma leal e amiga".
"Um homem que era o contrário da hipocrisia e da falsidade e que nunca empenhava as suas convicções para conseguir qualquer ganho de circunstância; bem pelo contrário, tantas vezes enfrentou corajosamente dificuldades em nome dos valores em que acreditava", escreveu Rui Rio.
Sampaio Pimentel era, segundo o antigo autarca, "alguém que pautou esta sua passagem pela vida num absoluto respeito pelos princípios e pela coerência".
Reacção de Assunção Cristas
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou a morte do vereador da Câmara Municipal do Porto Manuel Sampaio Pimentel, recordando a sua "convicção intransigente" na sua participação política e a sua "dedicação aos outros" como cidadão.
"Não esquecemos a sua dedicação aos outros, como director do centro de Segurança Social do Porto, os esforços para melhorar o seu concelho, como vereador da Câmara Municipal, ou a convicção intransigente com que viveu a sua participação política, como cidadão e dirigente nacional do CDS", vincou a líder do CDS-PP, em mensagem escrita enviada à agência Lusa.
Ainda de acordo com informações prestadas pela Câmara Municipal do Porto, o corpo de Sampaio Pimentel seguirá ainda hoje para a Igreja do Foco, sendo realizada, na quarta-feira às 14:00, uma missa de corpo presente antes de ser levado para o Cemitério do Prado do Repouso, onde será cremado.
Sampaio Pimentel já tinha ocupado o mesmo cargo na Câmara do Porto durante sete anos, com Rui Rio na presidência: foi eleito em 2005, no segundo mandato do social-democrata (o primeiro com maioria absoluta, o segundo em coligação com o CDS/PP) e deixou a autarquia em 2012, após ter sido nomeado director de Segurança Social do Centro Distrital do Porto.
Manteve-se em funções na Segurança Social até voltar à autarquia, no fim de 2013, na sequência da vitória da lista independente de Moreira nas eleições de Setembro.
Em Agosto desse ano, Rui Moreira disse que Sampaio Pimentel era "uma escolha individual" e uma "garantia" relativamente ao primeiro pilar da candidatura, a coesão social.
"Foi das pessoas mais activas no nosso primeiro manifesto. Mais do que isso, disse que qualquer que fosse a posição do seu partido apoiaria Rui Moreira. Há coisas que a gente não esquece. Merece-me toda a confiança por tudo o que tem feito na vida, pela postura que tem e pela função que exerce na Segurança Social", afirmou o então candidato.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica, Pimentel fez duas pós-graduações, em Fiscalidade e em Ciências Jurídico-Empresariais.
Em 1997, Sampaio Pimentel foi director de campanha de Carlos Azeredo, o general que a coligação PSD/CDS escolheu para defrontar o socialista Fernando Gomes, que acabaria eleito para o terceiro mandato na Câmara do Porto.
Com Rui Rio, Pimentel foi eleito duas vezes, em 2005 e 2009.
Assumiu a tutela da Protecção Civil, dos Recursos Humanos e das Actividades Económicas, e foi um dos responsáveis políticos pelo processo de reabilitação do Mercado do Bom Sucesso, situado na zona da Boavista.
Quando saiu da Câmara, em 2012, Pimentel destacou a missão de "dar nova vida" ao Bom Sucesso e aquilo que designou como "o último grande desafio" que lhe foi lançado por Rui Rio: criar de raiz uma estrutura municipal que congregasse a fiscalização municipal.
"E é assim que surge, o Departamento Municipal de Fiscalização, com duas divisões: uma direccionada para a fiscalização geral - que trata da afixação de publicidade comercial e propaganda política na via pública, mas não só - e outra, cujo objectivo é fiscalizar as obras particulares", descreveu, num comunicado de "despedida" da autarquia.
"É, hoje, mais um serviço camarário respeitado e a chegar à velocidade de cruzeiro, sabendo todos nós que muito há a fazer, com a vantagem de hoje sabermos por onde ir", acrescentou.
Quanto à área dos Recursos Humanos, Pimentel assinalou a instalação do sistema biométrico de controlo da assiduidade, a redução do efectivo de 3.300 para 2.800 funcionários municipais e a redução de horas extraordinárias que, em cerca de quatro anos, baixou de "cerca de mais de 3,3 milhões de euros para 800 mil euros".
Reacção de Rui Rio
O anterior presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, lembrou o vereador Manuel Sampaio Pimentel, como um "amigo sincero" que era o oposto da "hipocrisia e da falsidade".
Numa declaração escrita enviada à Lusa, Rui Rio referiu que a notícia da morte de Sampaio Pimentel, vereador no seu Executivo entre 2005 e 2012, é "um enorme desgosto" pela perda de alguém que sempre agiu "de uma forma leal e amiga".
"Um homem que era o contrário da hipocrisia e da falsidade e que nunca empenhava as suas convicções para conseguir qualquer ganho de circunstância; bem pelo contrário, tantas vezes enfrentou corajosamente dificuldades em nome dos valores em que acreditava", escreveu Rui Rio.
Sampaio Pimentel era, segundo o antigo autarca, "alguém que pautou esta sua passagem pela vida num absoluto respeito pelos princípios e pela coerência".
Reacção de Assunção Cristas
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou a morte do vereador da Câmara Municipal do Porto Manuel Sampaio Pimentel, recordando a sua "convicção intransigente" na sua participação política e a sua "dedicação aos outros" como cidadão.
"Não esquecemos a sua dedicação aos outros, como director do centro de Segurança Social do Porto, os esforços para melhorar o seu concelho, como vereador da Câmara Municipal, ou a convicção intransigente com que viveu a sua participação política, como cidadão e dirigente nacional do CDS", vincou a líder do CDS-PP, em mensagem escrita enviada à agência Lusa.