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PSD reedita corrida do Burro e do Ferrari em protesto contra "obras de fachada" em Lisboa
Os social-democratas querem aproveitar a situação de “caos provocado pelas obras de fachada” que decorrem no eixo central de Lisboa, mais concretamente na Avenida da República, para reeditarem a célebre corrida entre um burro e um Ferrari.
Em 1993, António Costa teve uma ideia que perduraria nos anais da política. Para chamar a atenção para a falta de transportes no concelho de Loures, a cuja câmara se candidatava, promoveu uma corrida entre um burro e um Ferrari, na calçada de Carriche. A corrida foi ganha pelo burro. Mais de 20 anos depois, o PSD pega na ideia para atacar Fernando Medina e as obras "de fachada" que estão em curso na capital.
O PSD vai reeditar, na próxima sexta-feira, às 8:45, a célebre corrida. Os protagonistas são novamente um burro e um Ferrari, e a ideia é cumprirem um pequeno percurso de 2,9 quilómetros entre a alameda da cidade universitária e a praça do Saldanha. Para lá chegarem, o burro e o Ferrari têm de passar pela Avenida da República, precisamente o local onde está em curso uma obra de grande envergadura que tem feito a vida dos lisboetas "um inferno", acusa o PSD.
"Hoje, quando, mais do que nunca, os lisboetas vêem ser diariamente posta à prova a sua mobilidade, senão mesmo a sua capacidade para saltarem obstáculos, o PSD Lisboa entende que é chegado o momento de regressar às origens e homenagear o ‘costismo’ e os seus seguidores com a 2.ª Corrida entre um burro e um Ferrari", lê-se no comunicado enviado às redacções.
"Quem vencerá?", pergunta a concelhia do PSD. A resposta chega na próxima sexta-feira, caso "o caos provocado pelas obras de fachada que infernizam o trânsito no centro da capital deixe avançar os dois contendores para uma competição que se quer justa".
"O traçado escolhido para a prova privilegia o eixo central da cidade, embora as obras estejam por toda a capital, em simultâneo, com reflexos directos no trânsito que nunca esteve tão mal. Que as obras sirvam para melhorar a mobilidade dos lisboetas é outra questão a merecer resposta seguramente negativa", finaliza o PSD.