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Número de autarquias que demoram mais de 90 dias a pagar sobe para 37

O prazo médio de pagamento dos municípios foi de 27 dias no primeiro semestre de 2019, menos um dia do que em 2018, mas subiram de 30 para 37 as autarquias que demoram mais de 90 dias a pagar.

Bloomberg
12 de Setembro de 2019 às 18:27
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No primeiro semestre o número de municípios que demoram mais de 90 dias a pagar aos fornecedores aumentou de 30 para 37 em relação ao final de 2018, sendo a primeira vez que se regista uma subida destas situações desde 2015, indica o relatório sobre a evolução orçamental da administração local, hoje divulgado pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP).

 

Segundo o documento, "de acordo com os dados disponíveis e publicados pela DGAL [Direção-geral da Administração Local], de natureza ainda preliminar, este número [de autarquias que pagam a mais de 90 dias] terá observado um ligeiro aumento entre o final de 2018 e o final de junho de 2019 o que, a confirmar-se, indicaria uma inversão da trajetória de redução observada desde pelo menos 2015", refere o documento.

 

Desde 2018 que o prazo médio de pagamento (PMP) do conjunto dos municípios portugueses baixou para um nível inferior à fasquia dos 30 dias e os dados relativos aos primeiros seis meses de 2019 indicam que a média terá registado novo recuo, situando-se agora nos 27 dias.

 

As regras em vigor determinam que os pagamentos nas transações comerciais não devem ter um prazo superior a 30 dias, não podendo exceder os 60 dias. De acordo com o CFP, no final de junho deste ano, quase dois terços apresentavam um PMP inferior a 30 dias, enquanto quatro quintos registavam um indicador inferior a 60 dias.

 

O relatório revela ainda que no final deste primeiro semestre havia 18 municípios com pagamento em atraso de valor superior a um milhão de euros, numa lista encabeçada por Penafiel, em que os pagamentos em atraso eram de 9,3 milhões de euros, valor que reflete uma descida face aos 12,6 milhões de euros contabilizados no final de 2018.

 

Segue-se, nesta lista, Vila Real de Santo António (com 8,6 milhões de euros e um agravamento de 0,7 milhões de euros face ao final de 2018), Aveiro e Paredes (ambos a registarem reduções).

 

O documento assinala ainda que, até final do 1.º semestre de 2019, os passivos não financeiros dos municípios e as contas por pagar (excluindo dívidas de transferências e de outros fluxos para entidades das Administrações Públicas), diminuíram 39 milhões de euros para 46  milhões de euros, respetivamente, em termos homólogos.

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