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Governo melhora acessos à Continental e põe sobre rodas a Variante Famalicão-Maia

O Governo assinou o contrato para, dentro de dois meses, começar uma empreitada na Estrada Nacional 14 para melhorar os acessos à Continental Mabor. Esta obra é também o pontapé de saída para a nova Variante que há-de atravessar o Rio Ave.

Câmara de Vila Nova de Famalicão
22 de Dezembro de 2017 às 14:30
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A Estrada Nacional 14, que liga Famalicão à Maia, deverá entrar em obras dentro de dois meses – tempo estimado para a concessão do visto do Tribunal de Contas – numa das principais estradas do concelho de Famalicão que dá acesso às instalações da Continental Mabor. A melhoria dos acessos era uma exigência da empresa, que é a quarta maior exportadora nacional. Esta intervenção vai requalificar o acesso à auto-estrada em Famalicão e marca o início da construção da nova variante que vai ligar Famalicão, Trofa e Maia.

 

A obra foi contratualizada na passada quarta-feira, no valor de 3,3 milhões de euros, ficará a cargo da empresa ABB e vai consistir na duplicação da Nacional 14 entre a rotunda da Variante Nascente de Famalicão e a rotunda do Grocenter (na foto), actualmente com uma faixa em cada sentido, e na beneficiação da mesma estrada entre esta rotunda e a nova rotunda de Santana, que irá funcionar como interface para duas novas vias: a nova estrada de acesso directo à Continental e a nova variante para a Maia.

 

Esta obra, que o ministro Pedro Marques prevê que estará concluída "no primeiro trimestre de 2019" será complementada com a referida nova rotunda de Santana, que implicará um investimento de 600 mil euros da Infraestruturas de Portugal, e com um novo acesso à Continental Mabor, que ficará a cargo da câmara de Famalicão e que terá uma extensão de cerca de um quilómetro (e custo de dois milhões de euros). Esta nova estrada, que futuramente poderá ser estendida para a restante Zona Industrial de Lousado, até à linha de comboio, ficará pronta até Dezembro de 2019.

 

Pedro Marques lembrou que estas intervenções surgiram depois de a administração da Continental Mabor ter colocado "desafios concretos" ao Executivo para resolver os acessos às suas instalações. E o ministro diz que o esforço deu frutos: além de ter sido libertado o espaço que permite a expansão da empresa, as obras agora previstas vão permitir "finalmente desbloquear em definitivo as condições de acessibilidade àquela empresa em particular e àquela zona industrial em geral".

 

A obra "começa aqui mas não acaba aqui"

 

O lançamento destes investimentos tem ainda outra consequência: a muito aguardada Variante à Nacional 14 deverá começar a ver a luz do dia a partir do próximo ano. Por isso é que esta obra tem "grande relevo para Vila Nova de Famalicão que há mais de 25 anos espera, legitimamente, uma intervenção estrutural na EN14", referiu o presidente da câmara, Paulo Cunha. Por isso, o ministro disse que a obra "começa aqui, não acaba aqui".

 

Agora começa a parte mais complicada: para a nova Variante entre Famalicão e Maia tomar forma, é necessário concretizar uma nova ponte sobre o Rio Ave, precisamente a principal pretensão da Continental Mabor. Mas essa obra não é fácil. "Esta variante à Nacional 14 tem que atravessar o Rio Ave, e fá-lo em condições sensíveis do ponto de vista ambiental". Estão já a ser preparados "estudos hidrológicos" que o ministro espera que garantam "luz verde" do ponto de vista ambiental "no princípio de 2018".

 

A aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente é essencial para serem "autorizados os traçados" até ao rio. O projecto para esta nova Variante contempla a construção de uma nova ponte na parte mais estreita do rio, sem a qual a nova Variante não pode progredir para o concelho da Trofa, designadamente para o respectivo Interface Ferroviário. O investimento em causa, de oito milhões de euros, está assim dependente da pronúncia da APA.

 

A construção desta nova variante está a ser faseada. Ao mesmo tempo que foi dado o pontapé de saída do lado de Famalicão, está a "decorrer o concurso para o primeiro troço da variante do concelho da Maia". Esse primeiro troço, que se inicia no nó do Jumbo da Maia, deverá ter 11,8 quilómetros e fará ligação ao Interface Ferroviário da Trofa. Ao contrário do que se previa inicialmente, esta Variante não terá perfil de autoestrada, mas um traçado com uma via num sentido e duas noutro, prevendo-se uma velocidade média de 80 quilómetros por hora, lê-se no Resumo Não Técnico da empreitada.

 

O investimento associado a este primeiro troço, o mais longo, é de cerca de 26 milhões de euros. Quando o projecto da nova variante foi apresentado por Pedro Passos Coelho, ainda no anterior Governo, o valor global estimado era de 36 milhões de euros.

 

Está ainda a ser estudada a melhoria das ligações às Zonas Industriais de Ribeirão (quatro quilómetros, no valor de 4,5 milhões de euros) e de Lousado (prolongando a via que irá ser construída pela câmara de Famalicão, numa extensão total de três quilómetros e custo de 3,5 milhões de euros).

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