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Câmara de Lisboa vai desenhar cidade em 3D para avaliar impacto visual de edifícios

O vereador do Urbanismo da autarquia lisboeta, Manuel Salgado, revelou que a Câmara de Lisboa vai aplicar um novo método a três dimensões (3D) para avaliar o impacto visual das obras a realizar na cidade.

17 de Abril de 2019 às 16:34
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A Câmara de Lisboa vai aplicar um novo método a três dimensões (3D) para avaliar o impacto visual das obras a realizar na cidade, anunciou hoje o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

"O que nós pretendemos fazer é, dos pontos de vista definidos no Plano Diretor Municipal, desenhar a cidade em 3D e depois o objeto é inserido em 3D no modelo 3D que já existe para a cidade, e aí é rigoroso", explicou Manuel Salgado (PS).

O vereador falava na Comissão Permanente de Urbanismo da Assembleia Municipal de Lisboa, onde foi ouvido sobre várias petições acerca de projetos urbanísticos previstos para Lisboa, nomeadamente um projeto a ser apreciado pela câmara, localizado na Calçada do Monte, freguesia de São Vicente, que pode tapar a vista do Miradouro da Senhora do Monte.

"A questão das vistas a partir do espaço público é difícil de avaliar 'a priori', ou seja, quando me aparece um projeto com uma determinada localização e esse projeto está incluído no ângulo de vistas que está identificado no Plano Diretor [Municipal], aquilo que é a prática e que tem sido feito sempre pelos serviços da câmara é, nesse ângulo, fazer-se uma fotomontagem com a implantação do edifício que se pretende construir", afirmou o autarca.

No entanto, Manuel Salgado (PS) defendeu que "esta técnica da fotomontagem é pouco rigorosa", uma vez que "depende do ângulo da câmara" e porque "a própria implantação do edifício pode ter desvios".

Nesse sentido, Salgado vincou que é necessário "encontrar novas metodologias para avaliar o impacto visual" dos projetos previstos para a cidade, por forma a conhecer o impacto rigoroso de um determinado volume relativamente ao local onde será inserido.

O vereador do Urbanismo notou também que foi aprovado um Pedido de Informação Prévia que, entretanto, já caducou, e "entrou um novo projeto na câmara, que está a ser avaliado pelos serviços".

O eleito socialista reafirmou o que já havia sido dito pelo presidente da autarquia em setembro: "a câmara não licenciará nenhum edifício que venha a obstruir as vistas a partir do Miradouro da Senhora do Monte".

De acordo com uma petição, subscrita por 432 cidadãos, "um edifício, com seis pisos e cobertura, todos acima do solo", vai "lesar irremediavelmente um miradouro público, com um panorama deslumbrante sobre a cidade de Lisboa".

Por isso, os signatários pretendem "travar a construção" deste edifício de apartamentos "que se projeta construir ao cimo da Calçada do Monte, no espaço contíguo ao número 41".

Os subscritores da petição defendem ainda que o edifício vai "pôr em risco a salubridade e a luz dos moradores dos prédios situados na Rua Damasceno Monteiro, números 36 a 42, cujas fachadas tardoz, atualmente muito perto de um muro de cerca de seis metros de altura, irão ficar entaipados com um muro que se elevará a mais de 18 metros de altura".

Sobre esta questão, Salgado disse que, na sua opinião, "não faz sentido nenhum dizer que há problemas de salubridade em retirar iluminação".
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