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O maior projecto hídrico da Europa

Investimento de 3000 milhões para reforço de potência em 6 barragens já existentes e 5 novas em construção

01 de Junho de 2011 às 11:21
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Portugal é um dos países da União Europeia que mais energia compra ao exterior, embora tenha um elevado potencial de produção própria, sobretudo no domínio das energias limpas e renováveis.

No que diz respeito à energia hídrica, o País apenas aproveita 46% do seu potencial, um dos mais baixos índices da Europa. Foi neste contexto, associado à pressão da União Europeia para aumentar a produção de energia a partir de fontes renováveis, dos actuais 6,5% para 20% até 2020, que o governo aprovou, em 2007, o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico.

O PNBEPH prevê a construção, até ao final da próxima década, de sete novas barragens - quatro adjudicadas aos grupos espanhóis Iberdrola e Endesa, e três à EDP - o que deverá elevar o aproveitamento hidrológico para 70% das capacidades do País e aumentar a capacidade hídrica em 57% no mercado ibérico. Concluído o Plano, a capacidade hidroeléctrica do país deverá rondar os 9.000 MW, o suficiente para abastecer 2,2 milhões de pessoas com electricidade produzida a partir de energias renováveis.

À margem do Plano Nacional de Barragens - para o qual a eléctrica nacional está a construir e irá explorar as barragens de Foz Tua (com conclusão prevista para 2015) e Fridão e Alvito (que se prevê estarem em funcionamento em 2016) -, a EDP está ainda a construir mais duas barragens (Baixo Sabor e Ribeiradio Ermida) e, simultaneamente, a desenvolver reforços de potência em outras seis já existentes. Estes reforços permitem aumentar a eficiência e a produção de instalações que já existem e assim minimizar o impacto ambiental que mais uma barragem poderia trazer. "Antes de avançar para a construção de novas barragens, a EDP fez uma análise do seu parque hidroeléctrico de modo a identificar todas as oportunidades de reforço das unidades existentes. Aumenta, desta forma, a eficiência das infra-estrutura existentes, reduzindo impacto ambiental.

A maior parte da nova capacidade criada advém dos reforços de potência", afirma António Castro, administrador da EDP Produção. Segundo a empresa este é o maior projecto de investimento hídrico em curso na Europa. "Um investimento de 3.200 milhões de euros, que se prevê vir a gerar mais de 30 mil postos de trabalho, directos e indirectos". O projecto não descura os aspectos sociais e humanos e inclui um plano de apoio ao desenvolvimento regional. "O plano de investimento hídrico da EDP tem uma marca diferenciadora: é acompanhado por uma série de iniciativas de apoio ao desenvolvimento, incluindo a participação em agências de desenvolvimento em parceria com os municípios locais", acrescenta António Castro. "São programas de fomento do empreendedorismo, de criação de emprego, de solidariedade social, dinamização cultural, de capacitação de pessoas e de instituições locais de modo a que os impactos positivos dos projectos na região possam perdurar além da fase de construção". Entre as acções com a comunidade, estão previstas, além da criação de oportunidades de emprego directo, a inclusão de fornecedores locais na cadeia de fornecimento do grupo.

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