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Galp e Navigator distinguidas por boas práticas ambientais

As empresas portuguesas Galp e Navigator fazem parte de um total de 76 companhias a nível europeu que serão hoje distinguidas, em Bruxelas, pelas boas práticas ambientais, adotando medidas de poupança de água e contra as alterações climáticas.

19 de Fevereiro de 2019 às 00:30
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Em causa estão os "CDP Europe Awards", distinções atribuídas pela associação internacional sem fins lucrativos Carbon Disclosure Project (CDP) que analisa anualmente o impacto ambiental das grandes companhias para promover a mudança de hábitos.

 

No relatório relativo a 2018, foram analisadas medidas adotadas por 859 empresas europeias, das quais apenas 76 obtiveram a classificação mais elevada, a 'A', por serem consideradas pioneiras em termos ambientais. Em Portugal, foram nove as empresas analisadas e, destas, duas foram distinguidas, segundo o relatório a que a agência Lusa teve acesso.

 

Em causa está o grupo Galp Energia, que obteve a nota 'A' pelas medidas adotadas para a poupança de água, e a companhia de papel The Navigator Company, que conseguiu esta distinção pelas suas ações de combate às alterações climáticas.

 

O relatório aponta a Galp como um exemplo, realçando que a empresa "colocou um particular foco em melhorar a reutilização da água nas suas duas principais refinarias em Portugal", localizadas em Sines e em Matosinhos, ao ter "investido em novas tecnologias".

 

Dados referidos no relatório apontam que, entre 2012 e 2017, a Galp aumentou em 21% a reutilização da água, ao mesmo tempo que reduziu em 12% o consumo total da água e em 10% as descargas de águas residuais.

 

Também em 2017, a Galp reutilizou mais de 1,5 milhões de metros cúbicos de água, o que equivaleu a poupanças anuais de 300 mil euros em Sines e de 500 mil euros em Matosinhos, de acordo com o mesmo documento.

 

No que toca às ações contra as alterações climáticas, a Galp obteve 'A-'.

 

Além destas, outras sete empresas foram analisadas pelo CDP, entre as quais o Banco Comercial Português (BCP), a Caixa Geral de Depósitos (CGD), a Energias de Portugal (EDP), a Jerónimo Martins, a Redes Energéticas Nacionais (REN) e a Toyota Caetano.

 

Destas, a pior classificada foi a REN, que obteve uma nota 'C' relativamente às medidas adotadas contra as alterações climáticas (único parâmetro analisado nesta empresa).

 

As restantes obtiveram as classificações 'A-' e 'B' nesta vertente.

 

Também analisada em relação à poupança de água foi a EDP, obtendo a nota 'B'.

 

Para realizar este estudo, o CDP pede todos os anos dados a cerca de 40 grandes companhias de vários países da Europa.

 

Este ano, a resposta dada por empresas portuguesas ficou abaixo da registada noutros países.

 

Do total de empresas analisadas no relatório, de 24 países europeus, apenas duas - a suíça Firmenich e a francesa L'Oreal - tiveram nota máxima nos três parâmetros abrangidos: a poupança de água, a minimização das alterações climáticas e a salvaguarda das florestas.

 

Já a Bayer, a Brembo, a Coca-Cola, a Diageo e a Metsä Board conseguiram classificação máxima em dois parâmetros.

 

Hoje serão ainda distinguidos, no âmbito dos "CDP Europe Awards" e no seguimento da informação recolhida para o relatório anual, 10 fundos de investimento europeus, incluindo o BNP Paribas e o Mirova, por apostarem numa "economia de baixo carbono".

 

A atribuição dos prémios acontece hoje à tarde, em Bruxelas, contando com responsáveis de algumas destas companhias, entre os quais o presidente executivo da The Navigator Company, Diogo da Silveira, que está de saída do cargo.

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