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Fevereiro fechou com todo o país em seca meteorológica

A quase ausência de precipitação em fevereiro levou a que o mês fechasse com todo o território em situação de seca meteorológica, adianta o IPMA. Para que a situação regularizasse, seria preciso que em março chovesse o dobro do habitual. Barragens a Sul já acusam falta de chuva.

06 de Março de 2019 às 11:28
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No final de fevereiro todo o território de Portugal continental se encontrava em seca meteorológica, sendo que uma área de cerca de 5%, a sul, estava mesmo em seca severa, o segundo nível mais grave. 57,1 % do país estava em seca moderada e 38,1%, sobretudo acima do Mondego, registava uma situação de seca fraca.

 

A avaliação é do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), segundo qual a chuva registada hoje e que se prevê que fique até sexta-feira, não será suficiente para inverter o panorama. "Em fevereiro registaram-se níveis de precipitação muito abaixo do esperado para esta altura do ano. Ainda só temos 5% do território em seca severa, mas grande parte está em seca moderada, o que já é relevante. E na região sul, com dois meses consecutivos nesta classe de seca, já começa a ser mais preocupante", afirma Vanda Pires, meteorologista do IPMA.

 

Os especialistas estão ainda a fazer um primeiro balanço, mas a chuva que caiu esta madrugada está longe de ser considerada suficiente para inverter a situação. Para tal, "era necessário que em março chovesse acima do que é habitual para este mês e que ronda os 60 litros" por metro quadrado, explica Vanda Pires. Seria necessário "o dobro, talvez, e que fosse bem distribuído por todo o território", sublinha.

 

A seca meteorológica, que tem a ver com os níveis de precipitação, não se confunde com a chamada seca agrícola. Tem, contudo, muita relevância no que toca aos níveis das albufeiras. E, de acordo com os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), há 10 barragens com, disponibilidades inferiores a 40% do volume total.

O relatório mensal da APA revela que no último dia de fevereiro, comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em apenas onze bacias hidrográficas e uma descida em uma.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 12 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume, estando as restantes abaixo disso. No geral, os armazenamentos de Fevereiro por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de Fevereiro, exceto para as bacias do Mondego e do Arade.

Na bacia do Sado, cinco albufeiras estavam abaixo dos 50%: Campilhas (15,9%), Fonte Serne (33,5%), Monte da Rocha (11,9%), Odivelas (46,6%) e Roxo (38,6%). Outras cinco estavam entre os 50% e os 80%: Alvito (77%), Monte Gato (67,1%), Monte Migueis (78,5%), Pego do Altar (55,2%) e Vale do Gaio (52,8%).

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