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Eficiência energética: Governo quer financiar obras em 12 mi habitações privadas
O “Casa Eficiente” deverá financiar obras em duas a três mil habitações por ano, estima o Executivo. O programa foi anunciado esta sexta-feira e os bancos estão já a ultimar as condições de financiamento, que serão mais apelativas e reduzidas do que as do normal crédito ao consumo.
O Governo espera que cerca de 12 mil habitações venham a beneficiar de obras de beneficiação para melhorar a sua eficiência energética e hídrica no âmbito do programa "Casa Eficiente", que propõe o financiamento destas obras a custos mais baixos do que os praticados no mercado para o tradicional crédito ao consumo. Segundo Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, a expectativa é que, em média, as obras fiquem nos 12 a 13 mil euros por habitação.
Pedro Marques, juntamente com João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, e Ana Pinho, secretária de Estado da Habitação, estiveram presentes esta manhã na apresentação do Casa Eficiente 2020, que decorreu na Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
"Estima-se que os 200 milhões de euros [que integram o programa] venham a financiar a eficiência energética e hídrica de cerca de 12 mil habitações privadas, numa altura em que o sector da construção está a registar o 14º mês consecutivo de crescimento", assinalou Pedro Marques
Trata-se de "um programa virado para todos, todas as famílias, independentemente da geografia", acrescentou João Pedro Matos Fernandes, lembrando que há em Portugal muitas habitações "com fraca construção, das décadas de 70, 80, 90, anteriores às actuais preocupações energéticas".
Tal como o Negócios adiantou na sua edição desta sexta-feira, o programa destina-se a financiar investimentos em casas de habitação, seja pelos seus proprietários ou arrendatários, seja, em conjunto, pelos condóminos no caso de fogos em propriedade horizontal. Pode abranger desde a impermeabilização de paredes, até à substituição de estores, aquisição de painéis solares ou compra de electrodomésticos mais eficientes em termos ambientais. A única exigência é que faça parte do conjunto das intervenções elegíveis no âmbito do Programa, elevadas no respectivo Portal, criado para o efeito.
A dinamização do Casa Eficiente foi entregue à Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).