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Aquapor diz que Águas de Portugal são privilegiadas. Caso pode acabar em Bruxelas
O presidente da Aquapor, António Cunha, considera que está a haver concorrência desleal quando a Águas de Portugal negoceia directamente com os municípios sistemas de água. E garante que a associação do sector até está a ponderar queixa em Bruxelas.
O presidente da Aquapor, António Cunha, acusa, em entrevista ao Negócios e Antena 1, a Águas de Portugal de estar a ser privilegiada nas negociações com municípios para a constituição de sistemas de água.
"A Águas de Portugal está a ser privilegiada porque está a negociar directamente com os municípios tendo em vista criar agregações nas quais vão participar", diz António Cunha, acrescentando que tal "é feito com critérios opacos e sem concorrência e sem participação da concorrência".
O responsável da Aquapor defende, por isso, que devia ser por concurso público que essas agregações deviam ter lugar, acabando-se o privilégio à Águas de Portugal.
Sem concorrência, o consumidor vai pagar mais pela água.
António Cunha revela mesmo que a Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente está a ponderar fazer uma queixa a Bruxelas por violação das regras da concorrência.