Responsável pela gestão de um património florestal que se distribui por 161 concelhos do País e que ocupa uma área total de 120 milhares de hectares, o Grupo Portucel-Soporcel concluiu, em 2010, um plano de investimentos em Portugal que ascendeu a mais de 900 milhões de euros, dos quais cerca de 200 milhões para a área da energia. Com este investimento, prevê-se que, ainda em 2011, venha a ser responsável por cerca de 5% de toda a energia eléctrica produzida no País.

A produção global de energia eléctrica em 2010 (1,7 TWh ), correspondeu a um aumento da ordem dos 48% face a 2009. Em Setembro entrou em funcionamento, na fábrica da Figueira da Foz, a nova turbina a vapor para a central de cogeração a biomassa. Com a finalização deste projecto e o arranque de duas novas centrais termoeléctricas a biomassa, em Cacia e Setúbal (no final de 2009), 2010 ficou marcado pelo aumento significativo na eficiência energética do grupo Portucel-Soporcel, contribuindo deste modo para o balanço energético nacional.

A produção de electricidade nas centrais de biomassa (três cogerações e duas centrais dedicadas) atingiu 1,1 TWh e representou 51% da produção total nacional a partir de biomassa florestal e sub-produtos da madeira resultantes do processo de produção de pasta. Estima-se que as duas novas centrais do grupo Portucel-Soporcel poderão evitar emissões de CO2 superiores a 70 mil toneladas em termos do balanço nacional. O grupo obteve nos últimos anos uma redução de 46% nas emissões de CO2 por tonelada de produto.

O grupo produz hoje toda a energia de que necessita, a partir de fontes renováveis (sem emissões de CO2 fóssil) e reduziu de forma muito significativa as emissões líquidas e gasosas (bem para além das exigências legais), minimizou drasticamente a utilização de água e fabrica um produto amigo do ambiente, suporte de cultura, biodegradável e reciclável.

As suas fábricas são um modelo de sustentabilidade e ecoeficiência, reutilizando e valorizando mais de 80% dos resíduos industriais.

O grupo tem um papel activo na valorização e desenvolvimento da floresta nacional. É responsável pelo maior número de árvores plantadas anualmente em Portugal e os viveiros do Grupo produzem, uma média de oito milhões de plantas por ano, sendo 65% de eucalipto, 32% de outras espécies florestais (pinheiros, sobreiros, carvalhos e outras) e 3% de plantas ornamentais.