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PSD rejeita “negociação oculta” para saída de resgate financeiro

Teresa Leal Coelho acusa PS de fazer “interpretação abusiva” das palavras de Mario Draghi sobre a forma como Portugal vai abandonar o programa de resgate.

Bruno Colaço/Correio da Manhã
17 de Dezembro de 2013 às 12:51
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O Partido Social Democrata rejeita que o Governo esteja em negociações para qualquer forma da saída de Portugal do actual programa de resgate financeiro.

 

“Não há negociação oculta ou não oculta no que diz respeito aos termos de que vamos sair do resgate financeiro”, defendeu a vice-presidente do maior partido do Governo, Teresa Leal Coelho, em declarações aos jornalistas, em que não houve oportunidade de fazer perguntas, no Parlamento.

 

Leal Coelho contrariou a ideia do Partido Socialista que, pela voz de António José Seguro, afirmou que há negociações entre o Governo e os representantes da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Europeu) para definir a forma como Portugal irá sair do programa de resgate, seja uma linha de crédito cautelar, um segundo resgate ou uma “saída limpa”.

 

Segundo o PSD, o Governo não está em qualquer negociação para esta saída. A discussão com a Europa deverá ocorrer em Janeiro, de acordo com as informações do Executivo. 

 

“Estamos naturalmente na recta final do programa. O nosso objectivo é sairmos daqui a seis meses em condições de regresso ao mercado. A interpretação de uma negociação oculta é uma interpretação abusiva das palavras de Mario Draghi”, acusou a deputada social-democrata.

 

Mario Draghi afirmou esta segunda-feira que Portugal irá beneficiar de um qualquer problema de assistência depois do final do actual programa de resgate, com término marcado para o final do primeiro semestre do ano. "No período de transição, haverá um programa. Haverá um programa adaptado à situação durante esse período de tempo, e temos de ver que forma este programa irá assumir", afirmou o presidente da autoridade monetária europeia numa audição na comissão dos assuntos económicos e monetários do Parlamento Europeu. 

 

Apesar de não especificar que forma vai assumir este programa, Draghi contraria aquela que tem sido a posição do Governo, que tem dito que pode seguir a Irlanda e optar por uma "saída limpa" do actual programa de ajustamento económico e financeiro, em que não adopta nem um segundo resgate nem uma linha de crédito cautelar.

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