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Maçães: Saída da troika não muda rumo do Governo

Em entrevista à Bloomberg TV, o secretário de Estado garante que, com este Governo, não haverá abrandamento da disciplina orçamental depois da saída da troika. Questionado sobre a acentuada melhoria da percepção internacional de Portugal, Bruno Maçães responde que se deve à tenacidade na consolidação orçamental e aos bons resultados na frente económica.

02 de Abril de 2014 às 14:23
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Bruno Maçães, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, assegurou nesta quarta-feira, em Londres, que o Governo não vai relaxar os esforços de consolidação orçamental uma vez esteja concluído o programa de assistência financeira da troika.

 

Questionado pela Bloomberg TV sobre o risco de o país regressar a uma tendência despesista uma vez liberto dos constrangimentos mais apertados da troika, Maçães é peremptório. “Não com este Governo”. 

 

Entrevistado na capital londrina onde se encontrará com o ministro britânico do Comércio, o responsável disse, contudo, acreditar que a preocupação com finanças públicas controladas vai manter-se no futuro, não apenas porque o país tem de cumprir o Tratado Orçamental assinado pelos principais partidos, mas porque, após esta intervenção externa -  que “foi também um processo de aprendizagem” -  os portugueses “percebem importância da disciplina ornamental”. “Não queremos voltar a passar por isto (resgate) outra vez, pelo que estou optimista de que pode ser sustentado no futuro, que não se trata de um ajustamento temporário”, disse.

 

Questionado sobre o que explica a queda agressiva das “yields” da dívida pública portuguesa, Maçães responde que é um facto “notável “ que resulta de uma consolidação orçamental “sólida e consistente” e “resultados fantásticos na frente económica”.

 

Sobre o formato de saída do programa da troika, o governante repetiu que essa é uma decisão que ainda não está tomada, mas que cabe ao Governo assumi-la, o que acontecerá antes de 17 de Maio. “Esta decisão vai ser nossa”. "Tomaremos a decisão que melhor sirva os interesses do país. E esse objectivo tem sido apoiado pelos nossos parceiros".

 

"Importante, no entanto, é sublinhar que vamos sair com êxito do programa da troika, algo que alguns duvidavam fosse possível há alguns meses", disse, acrescentando que numa linha cautelar "não haverá transferência de fundos, mas uma linha de crédito que será activada em caso de necessidade, o que é fundamentalmente diferente de um programa de assistência financeira, como o que estamos a concluir”.

 

Veja aqui o vídeo da entrevista:

 

  

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