Notícia
Um encanto de jardim
A atracção quase universal pelos jardins está a fazer com que, recentemente, os instrumentos ligados ao trato da terra e das flores tenham atingido boas valorizações e um aumento da procura.
20 de Agosto de 2016 às 10:15
Apesar de as Nações Unidas e Gonçalo Ribeiro Telles, entre outros peritos credíveis, nos continuarem a alertar todos os dias para um mundo cada vez mais urbano, uma pequena parte da paisagem rural, o jardim, continua a manter intacto todo o seu poder de sedução.
Há muitas razões para que assim seja, mas, talvez, as principais continuem a ser duas. A primeira, cantada por todos os homens de fina sensibilidade, dos árabes aos clássicos, nunca esquecendo os alentejanos, é a gestação do oásis. À volta pode estar o deserto, e a temperatura mais alta, mas a mancha de verde consegue romper todos os opressores. Debaixo de uma árvore, ou de uma fileira de flores, há sempre uma sombra húmida, e uma discreta brisa que consegue agitar uma folha e provocar a esperança do vento.
A segunda razão é, naturalmente, de ordem estética. A fragilidade de uma pétala, a beleza quase irreal de um botão de flor, a coreografia que as flores estabelecem entre si, a ordem determinada pela natureza ou pela mão humana, transformam qualquer jardim num recanto de um encanto que é difícil de encontrar em outros lados. Não admira, assim, que as plantas e as flores sejam parte essencial do mundo de tantos, dos sicilianos nos seus terraços aos chineses nos seus interiores, e que os jardineiros sejam tratados como mestres, e as suas lições sejam sempre êxitos editoriais.
Um dos sectores deste universo com mais êxito nestes últimos tempos é o das ferramentas clássicas de jardinagem. O interesse é, antes do mais, de ordem histórica, o de conhecer como os antigos criaram instrumentos para trabalhar a terra e cuidar das suas plantas, mas também com objectivos patrimoniais, isto é, o de conservar os instrumentos e de os valorizar.
É a partir do Reino Unido, um dos paraísos do jardim, que opera uma das empresas com maior sucesso neste nicho, a Garden & Wood, acessível em gardenandwood.co.uk. A empresa estabeleceu uma boa rede de contactos no mundo rural anglo-saxónico e consegue vender ferramentas que, em beleza, talvez só sejam superadas pelas japonesas. Mas o mais interessante é que a Garden & Wood provou que há um mercado neste tema, vendendo as ferramentas sempre pelo preço de centenas de libras, o que é um feito num sector que até há pouco tempo era considerado de "velharias".
*Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.
Há muitas razões para que assim seja, mas, talvez, as principais continuem a ser duas. A primeira, cantada por todos os homens de fina sensibilidade, dos árabes aos clássicos, nunca esquecendo os alentejanos, é a gestação do oásis. À volta pode estar o deserto, e a temperatura mais alta, mas a mancha de verde consegue romper todos os opressores. Debaixo de uma árvore, ou de uma fileira de flores, há sempre uma sombra húmida, e uma discreta brisa que consegue agitar uma folha e provocar a esperança do vento.
Um dos sectores deste universo com mais êxito nestes últimos tempos é o das ferramentas clássicas de jardinagem. O interesse é, antes do mais, de ordem histórica, o de conhecer como os antigos criaram instrumentos para trabalhar a terra e cuidar das suas plantas, mas também com objectivos patrimoniais, isto é, o de conservar os instrumentos e de os valorizar.
É a partir do Reino Unido, um dos paraísos do jardim, que opera uma das empresas com maior sucesso neste nicho, a Garden & Wood, acessível em gardenandwood.co.uk. A empresa estabeleceu uma boa rede de contactos no mundo rural anglo-saxónico e consegue vender ferramentas que, em beleza, talvez só sejam superadas pelas japonesas. Mas o mais interessante é que a Garden & Wood provou que há um mercado neste tema, vendendo as ferramentas sempre pelo preço de centenas de libras, o que é um feito num sector que até há pouco tempo era considerado de "velharias".
A oferta dispersa Em Portugal, há ainda pouca sensibilidade para este tema, embora curiosamente exista um número alargado de possíveis agentes de procura, motivados por obter algum objecto ligado às suas raízes. Existem já alguns antiquários com espaço reservado para instrumentos agrícolas e de jardinagem, assim como de marcenaria. No entanto, as feiras regionais, como a de Estremoz, ao sábado de manhã, continuam a ser os melhores sítios para encontrar alguns bons exemplares.
*Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.