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Sydney: Quando a realidade vale muito mais que o sonho

Ao pensar em Sydney, há quem se lembre do inconfundível edifício da Ópera ou do famoso fogo-de-artifício na ponte sobre a baía. Conheça a cidade mais turística do país e uma das mais acolhedoras do mundo.

12 de Março de 2017 às 10:00
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Quando alguém diz "Sydney", muito provavelmente toda a gente visualiza imediatamente o edifício mais emblemático da cidade, a Ópera. É das construções mais famosas do mundo e talvez o principal cartão-de-visita da Austrália. Noutras mentes surgirá a imagem da ponte Harbour, famosa pelo inconfundível fogo-de-artifício na noite de passagem de ano, que, juntamente com a Ópera, compõe a paisagem da Baía de Sydney. Outros ainda vão pensar que é a capital da Austrália, mas esses estão errados. Sydney é a cidade mais famosa e mais procurada por turistas, mas é Camberra a capital do país. Naturalmente que esta fama se deve ao facto de Sydney conseguir conciliar beleza natural com uma arquitectura incrível, bem como reunir tudo que se espera de uma grande metrópole: excelentes infra-estruturas e transportes, vida nocturna vibrante e várias opções culturais. É igualmente a cidade mais multicultural da Austrália, tendo a sétima maior percentagem de estrangeiros do mundo.

A verdade é que, se nos for possível deixar de imaginar e ir mesmo até lá, cerca de 23 horas depois de termos deixado Lisboa - sim, são mais ou menos 22 horas de voo com uma hora de escala para abastecimento, no Dubai, por exemplo -, o que queremos mesmo é esticar as pernas (ou dormir dias seguidos, no caso dos que não conseguem descansar nos aviões). Para a primeira hipótese, nada melhor do que apanhar um comboio dentro do terminal do aeroporto e seguir para o centro da cidade, que fica a 11 quilómetros. Ali chegados, é fácil percorrer tudo a pé. Apesar de ser uma cidade grande, é maioritariamente plana e, se o que pretendemos é "desempenar", depois de tantas horas sentados num banco de avião, vamos caminhar ao encontro da tão ansiada baía.

A Ópera é de facto soberba! É um edifício arrojado, cuja localização, numa das margens da enseada, lhe confere ainda mais imponência. Trata-se da principal sala de espectáculos de Sydney, inaugurada em 1973, com cerca de mil divisões, entre teatros, estúdios, auditórios, restaurantes e lojas. O maior auditório, conhecido como Concert Hall, tem capacidade para 2.690 espectadores sentados. Este ano, e até 2020, estão previstas obras de remodelação no complexo, mas o planeamento dos trabalhos não prevê que a ópera deixe de funcionar.

A ponte Harbour é outro dos ex-líbris da cidade australiana. Inaugurada em 1932, tem 1.149 metros de extensão e um dos maiores arcos do mundo. Faz a ligação entre o centro financeiro de Sydney e a costa norte, mais residencial e comercial. Atravessá-la a pé é um dos percursos obrigatórios para quem quer ter uma vista privilegiada da Ópera e da cidade. O famoso palco do conceituado fogo-de-artifício de Sydney permite ainda, aos mais aventureiros, uma escalada ao arco.

Ali perto, por trás da Ópera, fica outro local perfeito para continuar a nossa caminhada, o Royal Botanic Gardens. É um espaço aprazível e muito tranquilo que reúne imensas espécies de plantas. Perfeito também para sentar a ler um livro.

Ainda na zona da baía, junto à ponte, encontramos um bairro histórico designado por The Rocks. Um passeio pelas suas ruas desordenadas permite-nos ter uma imagem da época da colonização europeia, que teve início em 1788 com a chegada dos colonos britânicos ao território, então habitado por indígenas. Na altura, o local foi transformado numa colónia penal mas, em meados de 1800, tornou-se um centro cultural e económico. Mantiveram-se intactos até hoje vários edifícios de pedra, com os seus pátios escondidos, e antigos pubs, locais de encontro de marinheiros ao longo dos anos seguintes. Actualmente, a zona está repleta de bares, restaurantes e lojas modernas e, aos sábados, há um interessante mercado de artesanato. É também um bom local para ficar alojado.

Outro bairro famoso, não pela história mas pelo entretenimento, é o Darling Harbour. É ali que podemos visitar o Sydney Aquarium e o Wild Life Sydney Zoo. O aquário, que contém mais de seis mil peixes, é famoso pelos túneis de vidro onde somos cercados por tubarões, mas é no jardim zoológico que encontramos alguns dos símbolos da fauna australiana, como os irrequietos cangurus e diabos da tasmânia que contrastam com os pachorrentos coalas. Um crocodilo gigante e um borboletário fazem também parte das atracções do zoo.

É igualmente na zona mais moderna da cidade que se situa a Sydney Tower, a construção mais alta, com 309 metros. Dos dois restaurantes giratórios ou de uma plataforma de observação com um piso em vidro, a 260 metros, podemos apreciar a vista no horizonte ou os prédios e carros muito pequenos bem por baixo dos nossos pés.

Mas a visita a Sydney não fica completa sem passarmos pela praia e nos banharmos no mar da Tasmânia. Desta vez, deixamo-nos de caminhadas e vamos descansar. Há duas praias principais. Bondi é a mais famosa. Para além da beleza natural, está rodeada de cafés, restaurantes e bares onde podemos descontrair. A partir deste ponto, é também imperdível ir até Coogee, sempre junto à costa, de modo a apreciar a vista fabulosa. A outra praia mais conhecida é Manly. Mais tranquila, é muito procurada por famílias e bastante propícia à prática do desporto. Mas o mais interessante é que para lá chegar é necessário ir de ferry, o que melhora o nosso passeio turístico em Sydney. Isto porque o barco atravessa a baía, deixando para trás uma vista deslumbrante sobre a Ópera e a ponte Harbour. As fotografias tiradas desta perspectiva são maravilhosas.

Na realidade, o único aspecto negativo de Sydney é a distância a que fica de Portugal. Para muitos, essa circunstância é impeditiva de uma visita à Austrália; tal como o preço, que pode não ser muito simpático.



Como ir

Não há, obviamente, ligação directa de Portugal para a Austrália. Para chegar ao outro lado do mundo, é necessário fazer pelo menos uma escala. Entre as melhores opções, com tarifas que podem custar cerca de mil euros se o bilhete for comprado com muita antecedência, conta-se um voo para Londres e de lá para Sydney no voo da companhia australiana Qantas; são 23 horas de viagem, apenas com uma pequena escala para reabastecimento no Dubai. A outra opção é via Emirates, de Lisboa para o Dubai e de lá para Sydney. Entre o terminal internacional do aeroporto de Sydney e o centro da cidade, viajando de comboio, são cerca de 30 minutos, custando o bilhete mais ou menos 12 euros (só ida).

Quando ir

A Austrália tem um clima contrário ao do português. Assim, a melhor altura para visitar é nos nossos meses mais frios, o que é uma óptima oportunidade para fugir ao Inverno na Europa e encontrar um clima mais quente. Entre Dezembro e Fevereiro, a temperatura máxima ronda os 27 graus, mas pode não ser muito fácil encontrar bons preços para a viagem desde Portugal, uma vez que se trata da época alta. A alternativa são os meses de Outubro, Novembro, Março e Abril, com temperaturas mais amenas e preços um pouco mais convidativos.

Moeda

A moeda é o dólar australiano, sendo o câmbio de cerca de 1,3 para cada euro. É muito fácil trocar a moeda europeia pela australiana nas casas de câmbio do aeroporto ou em qualquer instituição bancária. Há igualmente inúmeras caixas automáticas por toda a cidade.

Visto

É muito fácil conseguir visto para fazer férias na Austrália. No site do departamento de imigração e protecção de fronteiras do país (www.border.gov.au), pode tratar-se do eVisitor, um visto que permite a estadia durante três meses, e não tem qualquer custo.

Onde ficar

A melhor área para escolher hotel é, sem dúvida, o mais próximo possível do porto de Sydney. Os preços não são muito baratos, mas há a vantagem da centralidade; o Park Hyatt ou o Shangri-La dispõem de quartos que podem custar 200 euros por noite em quarto duplo, com uma boa promoção. Por cerca de 100 euros encontram-se quartos em hotéis muito centrais como o Ibis Darling Harbour, o Morgans ou o Seasons Harbour.



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