Notícia
O Tejo e as Finanças de Bordalo Pinheiro
O Museu Bordalo Pinheiro acolhe a exposição “A Lisboa de Bordalo”, numa celebração do 171.º aniversário do artista português. É uma Lisboa do século XIX que aqui nos é apresentada até Junho deste ano.
Lisboa de Bordalo
Exposição comemora o 171.º aniversário de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)
Um gigantesco cão vadio, esquelético e esfaimado, de nome "Deficit". Era assim que Rafael Bordalo Pinheiro parodiava o mundo da Finança no início do século XX. As patas do animal assentam sobre as margens do Tejo e o Grande Cão fareja impostos e outras polémicas financeiras sob a forma de uma vasilha de lixo e bolos envenenados, descreve o Museu Bordalo Pinheiro, que acolhe a exposição "A Lisboa de Bordalo", numa celebração do 171.º aniversário do artista português. É uma Lisboa do século XIX que aqui nos é apresentada até Junho deste ano.
De São Bento ao Terreiro do Paço, do Chiado ao Carmo, vários foram os lugares retratados pelo caricaturista português em espaços como o jornal humorístico A Paródia, nascido em 1900. No dia 9 de Janeiro desse ano, o político Pedro Franco, conde do Restelo e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, era apresentado pelo caricaturista através de um "chapéu", em alusão às "chapeladas" ou fraudes eleitorais nas eleições de 25 de Novembro desse ano. "O rosto do político dá forma a um vistoso chapéu, decorado com a pluma da 'ave do paraíso', que adorna uma jovem 'Câmara Municipal de Lisboa' representada como figura elegante e moderna, bem à moda parisiense, como aliás nos remete a decoração da moldura, influenciada pela nova estética Arte Nova", nota o museu.
Em Fevereiro de 1882, Rafael Bordalo Pinheiro mostrava-nos, no jornal O António Maria, um Zé Povinho de corpo gigante e junto ao monumento a D. Pedro IV, inaugurado cinco anos antes. "Diverte-se a observar o crescimento da nova plantação, depois de ter sido cortada a anterior, e cantarola ao ritmo de uma opereta de Offenbach. Ao fundo, candeeiros, banco, prédios, lojas e gente completam a paisagem urbana de uma das principais praças da Capital."
Exposição comemora o 171.º aniversário de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)
Um gigantesco cão vadio, esquelético e esfaimado, de nome "Deficit". Era assim que Rafael Bordalo Pinheiro parodiava o mundo da Finança no início do século XX. As patas do animal assentam sobre as margens do Tejo e o Grande Cão fareja impostos e outras polémicas financeiras sob a forma de uma vasilha de lixo e bolos envenenados, descreve o Museu Bordalo Pinheiro, que acolhe a exposição "A Lisboa de Bordalo", numa celebração do 171.º aniversário do artista português. É uma Lisboa do século XIX que aqui nos é apresentada até Junho deste ano.
Em Fevereiro de 1882, Rafael Bordalo Pinheiro mostrava-nos, no jornal O António Maria, um Zé Povinho de corpo gigante e junto ao monumento a D. Pedro IV, inaugurado cinco anos antes. "Diverte-se a observar o crescimento da nova plantação, depois de ter sido cortada a anterior, e cantarola ao ritmo de uma opereta de Offenbach. Ao fundo, candeeiros, banco, prédios, lojas e gente completam a paisagem urbana de uma das principais praças da Capital."
"No Tejo de chrystal", Litografia: O António Maria, 16.09.1880
"O Arvoredo do Rocio", Litografia: O António Maria, 09.02.1882
"Joven Lilio", Litografia: O António Maria, 21.06.1883"O Arvoredo do Rocio", Litografia: O António Maria, 09.02.1882
"Jardim Zoológico e de Acclimação em Portugal", Litografia: O António Maria, 23.8.1883
"Depois do Tratado", Litografia: Pontos nos ii, 11.09.1890
"Sobre Alfinetes! Equilíbrios familiares", Litografia: O António Maria, 18.11.1897
"II – A Finança: O Grande Cão", Litografia: A Paródia, 24.01.1900
"Os Chapéus", Litografia: A Paródia, 09.01.1901
"O Grande Affonso", Litografia: A Paródia, 24.09.1902
Imagens cedidas pelo Museu Bordalo Pinheiro / EGEAC"Sobre Alfinetes! Equilíbrios familiares", Litografia: O António Maria, 18.11.1897
"II – A Finança: O Grande Cão", Litografia: A Paródia, 24.01.1900
"Os Chapéus", Litografia: A Paródia, 09.01.1901
"O Grande Affonso", Litografia: A Paródia, 24.09.1902