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Nichola Raihani: “A cooperação é o nosso superpoder, mas também a nossa fragilidade”

A cooperação nem sempre é uma força usada para o bem: também gerar nepotismos e fenómenos de corrupção, aponta Nichola Raihani, autora do livro “O Instinto Social”, vencedor da Medalha Voltaire dos Humanistas do Reino Unido.
Lúcia Crespo 28 de Junho de 2024 às 11:00

No deserto de Kalahari, na África Austral, uma família de aves, os zaragateiros, vivem em núcleos muito unidos, onde apenas um macho e uma fêmea se reproduzem; os outros membros ajudam o casal a criar os filhotes. É a chamada reprodução cooperativa: alguns indivíduos abdicam da própria descendência para cuidar da prole comum. Esta forma de cooperação extrema despertou a atenção da bióloga Nichola Raihani, que também estudou os ratos-toupeira dos desertos africanos, os corvinos-apóstolos do interior australiano e os bodiões-limpadores nos recifes de coral. Depois passou a analisar o comportamento dos seres humanos. Concluiu que a cooperação é o superpoder da nossa espécie, mas é também a nossa fragilidade: a cooperação faz as suas vítimas. Raihani é hoje professora de Evolução e Comportamento no University College London e na Escola de Psicologia da Universidade de Auckland. "O Instinto Social", o seu primeiro livro, ganhou a Medalha Voltaire dos Humanistas do Reino Unido.


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