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Lídia Jorge: “Escrevia a ouvir a voz da minha mãe”

Lídia Jorge respondeu à mãe – “eu tinha de lhe responder” – e escreveu “Misericórdia”, um livro sobre a vida, sobre o esplendor da vida que acontece quando as pessoas estão para partir. Maria dos Remédios, dona Alberta ou senhora Alberti, morreu nos primeiros meses da pandemia. Vivia num lar da Santa Casa da Misericórdia e nem perante a morte se rendeu.
Lúcia Crespo 28 de Outubro de 2022 às 11:00

"Ela pediu-me muitas vezes para escrever. Eu respondia: o que queres que escreva? Ela queria sobretudo que se tivesse mais misericórdia e compaixão pelas pessoas quando envelhecem. Ainda assim, era para mim uma coisa vaga. A minha mãe era uma pessoa cheiíssima, e este seu pedido era um pedido entre outros pedidos. Ela contava-me sempre os projetos todos, narrava tudo o que acontecia à sua volta, ria imenso e tinha um grande sentido de humor... Era tão cheia, tão cheia, tão cheia." Maria dos Remédios, dona Alberta ou senhora Alberti, morreu nos primeiros meses da pandemia. Vivia num lar da Santa Casa da Misericórdia e nem perante a morte se rendeu. Lídia Jorge respondeu à mãe - "eu tinha de lhe responder" - e escreveu "Misericórdia", um livro sobre a vida, sobre o esplendor da vida que acontece quando as pessoas estão para partir.


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