Notícia
A coisa em si
A França universitária vibrou com a descoberta deste desconhecido Botul e houve quem, como o aturado pensador Bernard-Henri Lévy, o tenha citado com profusão num livro seu. Estaria tudo muito bem se não houvesse, e há sempre, um diabo nesta história. Botul nunca existiu.
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A imaginação humana é esfomeada e vai com toda a sede ao pote. Não lhe chega o feijão com arroz da realidade. Ponham-se os olhos em Jean-Baptiste Botul. Ninguém sabe nada dos seus 51 anos de vida, de 1896 a 1947. Ora, nem todo o ouro do Banco de Portugal pagaria a riqueza da sua existência.
Botul foi filósofo. Tal qual Sócrates, nada deixou escrito. Errante, vamos descobri-lo a falar a uma comunidade alemã no Paraguai,