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Tesla regressa à negociação a disparar mais de 13%

As acções da Tesla voltaram a negociar, pelas 20:43 de Lisboa (menos cinco horas em Wall Street), e dispararam de imediato 13,30% para 387,46 dólares.

Bloomberg
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A Secutities and Exchange Commission (SEC), autoridade reguladora do mercado de capitais nos EUA, correspondente à CMVM em Portugal, decretou ao final da tarde a suspensão da negociação das acções da fabricante norte-americana de veículos eléctricos Tesla, à espera de uma clarificação sobre os tweets do seu CEO, Elon Musk, dizendo que iria tornar a empresa privada.

 

Entretanto, a 15 minutos do fecho regular da sessão bolsista em Wall Street, a SEC voltou a permitir a negociação da Tesla, que de imediato disparou 13,30% para 387,46 dólares.

 

Recorde-se que Elon Musk escreveu esta terça-feira um tweet dizendo que está a pensar retirar a Tesla de bolsa, a 420 dólares por acção. O mercado reagiu de imediato em alta, tendo as acções chegado a disparar 8,53% para 371,15 dólares. "Precisou apenas de 61 caracteres para aumentar a sua riqueza em 900 milhões de dólares", escreveu a Bloomberg.

 

Ao preço de 420 dólares, a empresa vale 71,6 mil milhões de dólares (82 mil milhões contando com a dívida). Segundo os dados da Bloomberg, Musk tem uma posição de 19,78% na Tesla, o que significa que terá de desembolsar 57,5 mil milhões de dólares para comprar a restante parte.

 

Musk, que nos últimos tempos tem tido atitudes e declarações controversas, disse que tem financiamento garantido para a operação.

O presidente executivo da Tesla publicou o tweet minutos depois de ter sido anunciado que o Fundo Soberano da Arábia Saudita tinha uma posição no valor de dois mil milhões de dólares na empresa, o que equivale a perto de 5%.

No passado dia 5 de Agosto, o CEO da Tesla tinha 'postado' um tweet com um vídeo que alude às posições curtas (que apostam na queda das acções - os chamados 'shorts') e esta pode ser uma forma de "retaliar", já que, com a informação de que pensa retirar a empresa de bolsa, as acções estão a disparar. O referido vídeo foi por muitos considerado de mau gosto, uma vez que tinha Hitler como protagonista.

Cerca de 40 minutos depois de Musk ter publicado a mensagem de hoje no Twitter, escreveu uma nova: "Good morning", com um sorriso aberto. Eram 18:30 em Lisboa, menos oito horas (10:30) em Palo Alto, Califórnia - onde a Tesla está sediada.

Musk continuou a publicar tweets e pelas 19:15 de Lisboa [minutos antes da decisão da SEC] reiterou o preço já avançado pelo CEO da Tesla: "os accionistas podem vender a 420 dólares ou manter as acções e ficarem também donos da empresa privada".

Num outro tweet, reagindo às preocupações de um seguidor relativamente aos pequenos investidores, Musk garantiu que os aprecia muito e que irá garantir a sua prosperidade em qualquer cenário.

"Decididamente, não vai haver vendas forçadas. Espero que os accionistas se mantenham na empresa. Tudo será mais suave e menos disruptivo se a empresa for privada. Acaba-se a propaganda negativa por parte de quem aposta na queda das acções", escreveu entretanto Musk numa nova mensagem na rede social das micromensagens.

Logo de seguida, Musk escreveu que "o apoio dos investidores está confirmado". "A única razão pela qual isto [privatização] não é certo prende-se com o facto de estar condicionado à aprovação dos accionistas", acrescentou.

Toda esta movimentação acabou por dar gás à negociação bolsista do outro lado do Atlântico, numa sessão que estava a ser bastante morna. A valorização da Tesla impulsionou a tendência em Wall Street, com os principais índices a encerrarem em alta.



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