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Quase metade dos IPO previstos na Europa foram adiados

Desde o início de Abril, quase metade das operações de entrada em Bolsa (IPO) nos mercados europeus foram adiadas. Tudo por causa da turbulência e volatilidade que se têm registado nas praças do Velho Continente.

EPA
01 de Junho de 2018 às 16:32
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Recentemente, noticia o jornal francês Les Echos, a Autodis desistiu de entrar em bolsa, tal como a Elsalys, uma empresa de biotecnologia francesa. Desde o início do ano, são já 16 as empresas que decidiram adiar "in extremis" a sua entrada nos mercados de capitais, o que representa 45% do total.

"Isso corresponde quase a uma em cada duas, algo praticamente nunca visto", disse ao jornal Cyril Court, responsável pelos mercados primários de acções na Europa do banco HSBC. A última vez que a taxa de adiamento de IPO tinha sido elevada foi no terceiro trimestre de 2015, mas, ainda assim, em valores inferiores a 25%.

O fenómeno ocorre em várias praças europeias, como na Suíça, onde, em Abril, os chineses do Grupo HNA adiaram "sine die" a entrada das suas filiais Swissport Group e Gategroup. Na Alemanha, no início de Maio foi a editora de revistas científicas Springer Nature a adiar a cotação em bolsa.

No Reino Unido, o fundo de investimento Global Diversified Infrastructure também adiou a sua IPO em meados de Abril.

A razão para "estas inversões de marcha" é simples: as más condições dos mercados. Leia-se, a volatilidade.

Desde inícios de Fevereiro que o VIX, um índice conhecido como o "índice do medo", apresenta valores anormalmente elevados, em torno dos 50 pontos. Historicamente, o VIX costuma oscilar entre os 15 e os 20 pontos.

O "fantasma" do regresso da inflação, as tensões nas Coreias, a guerra comercial entre os EUA e a China – agora alargada a outros países – ou a crise política em Itália, tudo tem contribuído para uma turbulência nos mercados.

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