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Analistas divididos com expansão da Netflix. Qualidade dos conteúdos preocupa

O serviço de streaming tem superado as expectativas dos investidores, mas as opiniões dividem-se sobre o futuro da cotada após esta ter duplicado o seu valor em 2018.

16 de Julho de 2018 às 18:33
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A Netflix vai apresentar os resultados do segundo trimestre esta segunda-feira após o fecho de Wall Street. Neste momento a questão na cabeça dos investidores é simples: comprar ou não acções em antecipação dos resultados? Há quem esteja desapontado com a oferta do catálogo do serviço de streaming, mas também há quem preveja uma surpresa pela positiva.

Desde o início do ano, a Netflix valorizou 108%. Ou seja, duplicou o seu valor bolsista, enquanto o Nasdaq 100 subiu no seu conjunto 15,5% no mesmo período. Esta evolução da cotada reflectiu essencialmente a superação das expectativas que o mercado tinha. A trajectória vai manter-se? Os analistas dividem-se.

É o caso do analista Matthew Harrigan, da Buckingham Research Group, que reduziu a recomendação esta segunda-feira, o mesmo dia em que a cotada apresenta os resultados, além de ter reduzido o preço-alvo de 331 dólares para 301 dólares (uma queda implícita de 16%). A recomendação agora é para vender.

O argumento do analista é que a cotada já têm incorporada no seu valor os bons resultados e que dificilmente conseguirá melhorá-los uma vez que a forte concorrência não lhe permitirá aumentar os custos de subscrição sem perder clientes. Mas também há uma razão mais subjectiva.
"O conteúdo original do segundo trimestre de 2018 e a qualidade da nova temporada estão abaixo do esperado, ainda que o aumento da produção tenha permitido à Netflix finalmente passar à frente da HBO no número de nomeações ao Emmy Awards", considera o analista Matthew Harrigan, citado pela CNBC, referindo ainda que no futuro o trunfo da empresa terá de ser os conteúdos e não o serviço em si, que deverá tornar-se cada vez mais normal.

O analista da UBS, Eric Sheridan, concorda com a análise, principalmente porque considera que a capacidade de expansão internacional da Netflix já está incorporada no valor da acção. Na sessão de hoje a cotada está a subir 0,64% para os 398,32 dólares, isto depois de ter desvalorizado 4,28% na sessão da passada sexta-feira. Actualmente, o máximo histórico da Netflix está nos 423,2 dólares por acção e foi alcançado no dia 23 de Junho. 

Mas há quem esteja mais confiante: o analista Craig Huber, da Huber Research Partners, garante que os investidores querem ter na sua posse acções da Netflix neste dia. À Bussiness Insider, o analista explica que a empresa tem superado sempre as expectativas e há razões para acreditar que isso continuará a acontecer. Além disso, o conservadorismo dos gestores à frente da Netflix previne más surpresas para os mercados.
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