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Receitas e subscritores da Netflix ditam mergulho de 15% em bolsa

A Netflix, que fornece um serviço de streaming de filmes e séries de televisão, e que chegou a Portugal em Outubro de 2015, reportou lucros acima do esperado no segundo trimestre. No entanto, segue a afundar em bolsa, dado que não atendeu às expectativas em matéria de assinantes e de receitas.

Bloomberg
16 de Julho de 2018 às 23:36
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O lucro por acção da norte-americana Netflix no segundo trimestre ascendeu a 85 cêntimos de dólar, quando os analistas apontavam para uma média de 79 cêntimos.

 

No entanto, as receitas já ficaram abaixo das expectativas: fixaram-se em 3,91 mil milhões de dólares, quando o consenso de mercado estimava 3,94 mil milhões.

 

Mas o que está a penalizar fortemente o sentimento dos investidores tem a ver com o número de subscritores.

 

A Netflix, que apresentou as suas contas após o fecho de Wall Street, falhou a projecção do número de assinantes pela primeira vez em cinco trimestres, levando assim as acções a caírem.

 

No fecho da sessão regular, os títulos encerraram a somar 1,18% para 400,48 dólares, mas após serem conhecidos os resultados trimestrais as acções entraram em forte queda. Seguem agora a cair, no "after hours", 13,93% para 344,69 dólares – depois de já terem estado a afundar 15%.

 

A tecnológica sediada em Los Gatos, na Califórnia, reduziu assim para 108,63% o seu ganho no acumulado deste ano.

 

O número de novos assinantes no segundo trimestre foi de 5,15 milhões, ficando assim cerca de um milhão abaixo do que a empresa esperava (6,2 milhões).

 

Para o trimestre em curso, a fornecedora de filmes e séries de televisão via streaming disse esperar 5 novos milhões de subscritores, o que, a concretizar-se, implica uma desaceleração face ao trimestre homólogo do ano passado.

 

Os investidores e analistas terão agora de analisar se esta desaceleração é apenas um percalço no caminho da empresa ou se, pelo contrário, pode ser um problema de mais longo prazo.

 

Segundo a Bloomberg, os potenciais novos clientes da Netflix poderão ter-se distraído com o Mundial de Futebol, que é um dos eventos televisivos mais acompanhados em todo o mundo.

 

No primeiro trimestre, a tecnológica liderada por Reed Hastings superado as expectativas no crescimento de assinantes, tanto nos EUA como a nível internacional.

 

Desde a entrada em bolsa da Netflix, em 2012, quando ainda só fornecia um serviço de distribuição de DVD por encomenda pelos correios, as suas acções dispararam cerca de 33.000%.

 

A Netflix faz parte das chamadas FAANG – Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google –, isto é, as empresas onde a maioria dos investidores em tecnologias considera que devem ter posições.

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