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Jeff Bezos admite aos funcionários que a Amazon "vai falir um dia"
Numa reunião com os seus colaboradores, o CEO da Amazon afirmou que a empresa "vai, um dia, falir" e relembrou que a "esperança média de vida das grandes empresas é de 30 anos, não de 100 anos".
Jeff Bezos, CEO da Amazon, admitiu perante os seus funcionários que a empresa vai, um dia, falir. Isto considerando a esperança média de vida das grandes empresas, que é normalmente de 30 anos. Contudo, Bezos afirmou também que há várias formas de adiar este fim, nomeadamente através do foco nos clientes.
"Qual é o futuro da Amazon?", perguntou um dos funcionários da Amazon ao CEO da empresa numa reunião realizada esta quinta-feira, tentando perceber se o responsável tinha aprendido com a recente falência da Sears e de outras grandes retalhistas.
Jeff Bezos respondeu que a "Amazon não é demasiado grande para falir", de acordo com uma gravação da reunião a que a CNBC teve acesso. "Prevejo que a Amazon vai falir um dia. A Amazon vai declarar falência. Se olharmos para as grandes empresas, a sua esperança média de vida é de 30 anos, não de 100 anos", disse ainda o CEO da gigante tecnológica.
A chave para prolongar este fim, disse Bezos, é manter a empresa "obcecada com os clientes" e não "olhar para dentro".
"Se virarmos o foco apenas para nós, em vez de nos focarmos nos clientes, isso será o início do fim", defendeu o CEO da Amazon. "Temos de tentar e adiar esse dia tanto tempo quanto possível", rematou.
Os comentários de Jeff Bezos são feitos numa altura marcada pelo sucesso sem precedentes da Amazon. O negócio do retalho está a crescer, enquanto a empresa está a reforçar a sua presença no mercado da "cloud" e na casa das famílias através da rápida adesão à assistente de voz Alexa.
Contudo, alguns funcionários estão preocupados com o ritmo de expansão. A força laboral da Amazon cresceu de forma expressiva nos últimos oito anos, sendo agora constituída por mais de 600 mil colaboradores.
Além disso, o preço da acção mais do que quadruplicou desde 2013. Foi em Setembro que a gigante tecnológica atingiu pela primeira vez uma capitalização bolsista acima de um bilião de dólares.