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Há sinais de alerta de uma nova crise bancária na China

O BIS não é o primeiro organismo internacional a alertar para os riscos na China. O 'banco dos bancos centrais' avisa que o Canadá também corre riscos.

Reuters
12 de Março de 2018 às 16:40
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O Bank of International Settlements revelou um conjunto de indicadores que indica que existe um risco real de crise bancária na China. Mas a segunda maior economia do mundo não é a única sob alerta: o Canadá também apresenta sinais preocupantes.

 

O relatório da instituição conhecida como 'o banco dos bancos centrais' inclui um estudo sobre a dívida da China – calculada pela diferença entre o crédito e o PIB –, que alegadamente já superou os níveis que podem levar a uma queda do sistema. A China também tem uma taxa de serviço de dívida muito elevada, o que torna o sistema bancário ainda mais vulnerável.

Já no Canadá - cuja economia cresceu no ano passado ao ritmo mais acelerado desde 2011 – o que fez soar o alarme são os níveis de endividamento através de crédito das famílias, que estão em máximos, bem como os elevados níveis de dívida na economia em geral. 


"Os indicadores actualmente apontam para a acumulação de riscos em diversas economias", analisa Inaki Aldasoro, Claudio Borio e Mathias Drehmann, na última revisão trimestral do BIS publicada domingo, dia 11 de Março. As vulnerabilidades destas duas economias (China e Canadá) foram parcialmente causadas pela escalada dos preços dos imóveis.

 

Apesar de sinais apontarem para fragilidades nos sistemas bancários destes dois países o BIS assegura que não significa que a China e o Canadá estejam definitivamente a entrar numa crise. " (Os indicadores) foram calibrados com base na experiência passada e não podem ter em conta as mudanças institucionais e económicas mais amplas que ocorreram desde as crises anteriores", afirmou o BIS.

O BIS não é o primeiro organismo internacional a alertar para os riscos na China. O Fundo Monetário Internacional (FMI) identificou três "grandes tensões" no sistema financeiro da China, que podem ameaçar a segunda maior economia do mundo. E criticou a relutância do Governo em controlar os "níveis preocupantes" de dívida.


Mas as autoridades chinesas reconheceram esses riscos e tomaram medidas para abrandar a acumulação de dívidas. As principais medidas são a criação de um "super regulador financeiro" para coordenar a supervisão do sector bancário, de valores mobiliários e de seguros. 

Este estudo publicado ontem tem pelo menos um resultado, tido como surpreendente, já que considera, por exemplo, que a Itália não está em risco, apesar do crescimento económico lento e da banca estar a mãos com um elevado número de dívidas incobráveis.


O Banco de Pagamentos Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) foi criado em 1930, em Basileia em Basileia, na Suíça e é organização internacional responsável pela supervisão bancária. O BIS é responsável pela publicação de estatísticas e relatórios sobre os bancos centrais e o sistema financeiro mundial.

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