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Há 30 anos que Wall Street não tinha um janeiro assim

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, a marcarem o melhor mês de janeiro em 30 anos. Wall Street já estava a ganhar terreno com os resultados empresariais relativamente fortes e um renovado otimismo quanto à economia do país, mas foi a Reserva Federal deu o gás que faltava.

Reuters
31 de Janeiro de 2019 às 21:06
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O Dow Jones encerrou praticamente inalterado, com um deslize marginal de 0,02% para 25.008,83 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,88% para 2.704,70 pontos.

 

Ambos os índices somaram mais de 7% este mês, registando assim os maiores ganhos desde janeiro de 1987 e janeiro de 1989, respetivamente, sublinha a CNN.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,37% para 7.281,74 pontos. No mês, acumulou um ganho de 9,5%.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico foram sobretudo sustentadas pelas tecnológicas, muito à boleia dos bons resultados do Facebook. A rede social superou as projeções dos analistas para as contas do quarto trimestre e reportou os maiores lucros da sua história, o que lhe valeu hoje uma subida superior a 10% em bolsa.

 

Tanto o Facebook como o Netflix escalaram perto de 30% este mês, à conta de lucros robustos no último trimestre de 2018 e de boas perspetivas para o período em curso.

 

Ainda dentro das FAANG, a Google (detida pela Alphabet) ganhou quase 10% este mês, ao passo que a Amazon – que reporta resultados hoje, após o fecho da bolsa nova-iorquina – somou perto de 15%.

 

A Apple, que começou mal o ano ao rever em baixa as suas vendas, conseguiu recuperar ao longo do mês e subiu 6,5% no acumulado de janeiro.

 

Também a General Electric se destacou em alta, a disparar 13%, naquela que foi a melhor sessão em quase uma década, com os investidores a revelarem grande alívio perante os sinais de progresso no plano de recuperação da empresa e a considerarem que o pior já passou.

 

Ao longo do mês, o renovar de otimismo em relação à economia dos EUA, especialmente depois de se pôr termo (pelo menos durante três semanas) à paralisação dos serviços federais, e os resultados relativamente sólidos de empresas de peso contribuíram para o ganho agregado em Wall Street. Mas foi a Fed, ontem, que deu o impulso final.

 

A Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu, sem surpresas, manter os juros diretores no atual intervalo entre 2,25% e 2,5%. Mas mudou substancialmente a linguagem do seu discurso. Não só não disse quantas vezes prevê mexer nos juros este ano, como também abriu a porta a que a próxima mexida possa ser para cima ou para baixo.

 

O presidente da Fed, Jerome Powell, declarou que a justificação para se subir os juros "de certo modo, enfraqueceu". E esta foi, segundo a CNBC, a sua confirmação mais evidente – até à data – de que o banco central está a mudar o tom no que diz respeito ao aumento das taxas de juro.

 

Com esta mudança de discurso, as bolsas norte-americanas reforçaram a tendência de subida. O Dow Jones, aliás, disparou de imediato 400 pontos e regressou ao patamar dos 25.000 pontos – algo que mereceu um tweet entusiasmado do presidente Donald Trump.

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