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Fundadores lançam OPA sobre a Oriflame. Ações disparam mais de 34%

A família Jochnick quer retirar a empresa da bolsa para dar início a um plano de reposicionamento da marca. A oferta avalia a companhia sueca em mais de mil milhões de euros.

Reuters
22 de Maio de 2019 às 11:39
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A família Jochnick, que detém que detém quase um terço da Oriflame, quer retirar a empresa de bolsa para dar início a um plano de reposicionamento da marca que dê um novo fôlego à companhia sueca de cosmética lançada na década de 1960.

Para isso, a família anunciou uma oferta de 227 coroas suecas por ação (cerca de 21,05 euros), o que representa um prémio de 35% face ao valor de fecho de terça-feira (168,35 coroas suecas). A oferta avalia a empresa de cosméticos em cerca de 1,17 mil milhões de euros, e segundo a Walnut Bidco – a empresa criada pela família para avançar com o negócio – a "proposta não será aumentada".

Após o anúncio os títulos dispararam 34,24% para 226 coroas suecas, o valor mais alto desde 17 de janeiro.

A proposta chega depois de a Oriflame ter perdido um décimo do seu valor em bolsa desde o início do ano, que se soma à quebra de 40% registada em 2018.

Ainda assim, analistas citados pela Bloomberg consideram que o preço não é generoso, porque não tem em conta todo o potencial da empresa. "A oferta parece pouco generosa neste momento. As ações caíram muito ultimamente, e estão muito longe do seu máximo histórico", afirma Joakim Bornold, analista da Soderberg & Partners, citado pela agência noticiosa.

Há cerca de um ano os títulos da Oriflame cotavam nas 419 coroas suecas. "Entendo que a família veja uma boa oportunidade para comprar a empresa agora, para fazer as grandes mudanças que são necessárias", acrescenta Bornold. "Se tiverem sucesso, é provável que a Oriflame regresse à bolsa, mas muito mais caroa".

Alexander af Jochnick, presidente da Oriflame, explicou numa entrevista que a decisão da família de recomprar a empresa vem do seu "forte sentido de responsabilidade" enquanto maior acionista. "Tornou-se cada vez mais óbvio para a família que a empresa está a enfrentar uma série de adversidades", afirmou, acrescentando que reposicionar a marca, com a empresa cotada em bolsa, é mais desafiador.

O plano para a empresa, com forte presença em mercados como a Turquia e a América Latina, inclui um corte no número de produtos vendidos e uma aposta mais incisiva nas geografias onde as margens são mais elevadas.
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