A Zona Euro registou um défice de 2,6% do produto interno bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024, segundo dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira. O valor, corrigido de sazonalidade, corresponde a uma melhoria de 1 ponto percentual face a igual período do ano anterior e de 0,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior.

Portugal contrariou a tendência do euro, ao registar um excedente pelo terceiro trimestre consecutivo. Entre junho e setembro, as contas públicas nacionais tiveram um saldo positivo correspondente a 2,2% do PIB. No segundo trimestre, o excedente tinha sido de 2,5%.

Na União Europeia (UE) a 27, o défice das contas públicas, corrigido de sazonalidade, foi de 2,9%. Há um ano, o défice era de 3,6%. Face ao segundo trimestre, a UE registou uma redução de quatro décimas no défice das contas públicas em percentagem do PIB.

Entre os 27 Estados-membros, os maiores défices nas contas públicas, entre junho e setembro, foram registados na Bulgária (-8,7% do PIB), seguida da Roménia (-8,6%) e da Polónia (-6,7%). Em sentido contrário, os maiores excedentes foram observados na Irlanda (14,5%), Chipre (4,9%) e a Dinamarca (2,7%). Portugal teve o quarto maior excedente no terceiro trimestre de 2024.

As novas regras orçamentais europeias, que entraram em vigor em abril de 2024, mantém os tetos de 3% do PIB para o défice e de 60% do PIB para a dívida pública. Além da Bulgária, Roménia e Polónia, estavam com um défice acima desse valor definido, no terceiro trimestre de 2024, a França (-6,3%), Finlândia (-5,3%), Áustria (-5,2%), Hungria (-4,8%), Bélgica (-4,3%) e Espanha (-3,5%).

Os países incumpridores podem ser alvo de procedimentos por défices excessivos e multas.