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Portugal recompra 430 milhões em dívida que vencia em outubro
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP concluiu a primeira operação de recompra do ano, retirando 430 milhões de euros a uma linha que atinge a maturidade em outubro deste ano.
Portugal foi ao mercado buscar 430 milhões de euros em dívida, que atingia o prazo no final deste ano e que é assim reembolsada antecipadamente. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP realizou esta quarta-feira a primeira operação de recompra de obrigações do Tesouro (OT) do ano.
O leilão reverso, que tinha sido anunciado pelo IGCP esta terça-feira, decorreu durante a manhã desta quarta-feira. A República conseguiu comprar 430 milhões de euros de uma linha que atinge a maturidade dentro de nove meses, ou seja, outubro de 2025. A procura ascendeu aos 985 milhões de euros, ou 2,29 vezes.
Esta linha foi emitida em outubro de 2015 com um cupão de 2,875%, e representa a parede de dívida que o país tem de enfrentar este ano. Após esta operação ficam 11.957 milhões de euros por devolver aos investidores dentro de nove meses.
Esta é a primeira operação de recompra desde dezembro de 2023 em que o IGCP recomprou 51 milhões de dólares, na que foi a primeira colocação em dólares desde 2010, e já depois de completado o plano da troika. Ao longo de 2024 a agência levou ainda a cabo cinco operações de troca de OT.
Segundo o programa de financiamento para este ano, as necessidades de financiamento líquidas do Estado serão de 18 mil milhões de euros, um aumento de quase 10 mil milhões em relação a este ano (8,5 mil milhões de euros).
Ao longo do ano, o IGCP está a apontar para a emissão bruta de obrigações do Tesouro (OT), juntamente com sindicatos e leilões mensais, deverá obter 20,5 mil milhões de euros (o que em termos líquidos se concretiza em 6,9 mil milhões de euros), estando previstas três emissoes sindicadas e oito leilões. Já os Bilhetes do Tesouro (BT) deverão render 4,6 mil milhões de euros em financiamento líquido por via de leilões mensais. A agência já indicou ainda que "vão ser exploradas" oportunidades para operações de troca e recompra de títulos.