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CaixaBank BPI antecipa quebra de 10% nos lucros da Sonae
Segundo as estimativas do CaixaBank BPI, a retalhista liderada por Cláudia Azevedo terá registado lucros de 95 milhões de euros até setembro.
O CaixaBank BPI antecipa que a Sonae terá fechado os primeiros nove meses do ano com lucros de 95 milhões de euros, o que traduz uma descida de 10% face aos 105 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.
Considerando apenas o terceiro trimestre do ano, o resultado líquido da empresa liderada por Cláudia Azevedo terá mais do que duplicado (132%), de 24 para 57 milhões de euros. Isto num período em que as receitas terão subido 7%, em termos homólogos, para 1.665 milhões de euros.
Numa nota de research a que o Negócios teve acesso, os analistas detalham que, no retalho alimentar, o LfL (evolução das vendas comparáveis) terá desacelerado de 3,9% no primeiro semestre para 2,5% no terceiro trimestre, recordando que, no caso da Jerónimo Martins, também houve um abrandamento de 3,3% para 0,3%.
"Se confirmado o LfL de 2,5%, a Sonae terá ganho quota de mercado, tendo em conta também que as vendas totais deverão ter aumentado 6%, em termos homólogos, no terceiro trimestre", escreve o CaixaBank BPI.
No retalho não alimentar, os analistas esperam que, na Worten, o LfL tenha descido 0,5%, depois da quebra de 0,7% no primeiro semestre, "refletindo tendências fracas em Espanha, ligadas ao aumento da concorrência no mercado".
O CaixaBank BPI mantém-se "positivo" para o título, atribuindo às ações um preço-alvo de 1,35 euros, 42,8% acima da cotação atual (0,945 euros).
A Sonae apresenta as suas contas ao mercado no próximo dia 13 de novembro, depois do fecho da bolsa.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.