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Bull market vai entrar por 2018 adentro, prevêem bancos

Os três maiores bancos de investimento defendem que o bull market vai continuar em 2018. Mas não será por causa das tecnológicas.

Bloomberg
15 de Dezembro de 2017 às 16:18
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O JP Morgan foi o último dos grandes bancos de investimento a revelar as suas previsões para 2018 e o mais optimista. O banco de investimento defende que o S&P 500 vai atingir os 3.000 pontos no final de 2018, o que representa uma subida de cerca de 13% face aos valores desta sexta-feira, 15 de Dezembro. E desta vez serão as acções financeiras a impulsionar os ganhos e não as tecnológicas, como aconteceu este ano.

O Goldman Sachs e o Morgan Stanley também já tinham as suas expectativas para o próximo ano: ambos acreditam que o bull market vai continuar, com o S&P 500 a valorizar para os 2.850 e 2.750, respectivamente.


O JP Morgan acredita que a reforma fiscal nos EUA - que Trump prometeu ser a maior reformulação do sistema fiscal americano em 30 anos, com enormes cortes de impostos sobre famílias e, principalmente, empresas - e o crescimento da economia vão gerar ganhos de dois dígitos no índice S&P500.


"A fase expansiva do ciclo económico, os ganhos globais sincronizados e a reforma fiscal dos EUA devem continuar a apoiar a valorização do mercado", escreveu Dubravko Lakos-Bujas, do JP Morgan, numa nota aos clientes.


O especialista defende assim que as acções do sector financeiro vão ser as mais beneficiadas, e aconselha os investidores a apostar numa maior exposição ao mercado norte-americano, nomeadamente através dos títulos mais credíveis dos sectores financeiro, energético, industrial e no comércio. Lakos-Bujas antecipa um aumento nas recompras de acções, de dividendos e de fusões e aquisições com base nos lucros crescentes e repatriações de dinheiro.


Dubravko Lakos-Bujas acredita que as gigantes tecnológicas que foram as principais responsáveis pelo surpreendente bom desempenho do S&P 500 em 2017 - valorizou cerca de 37% até agora, só este ano - vai desacelerar no próximo ano.



Reforma fiscal pode acordar o gigante adormecido

Outro dos gurus do banco de investimento diz que apesar de estarem a negociar perto de níveis recordes o mercado accionista dos EUA é um gigante adormecido, que espera ser acordado para libertar maiores ganhos. Marko Kolanovic defende que os investidores institucionais que controlam uma enorme parte do mercado estão à espera da reforma fiscal. "A próxima redução de impostos das empresas dos EUA pode ser um dos maiores catalisadores positivos para as acções", escreveu.


A reforma fiscal de Trump irá entre muitas outras medidas cortar a taxa de IRC dos actuais 35% para 21%, e reduzir o imposto sobre os rendimentos de pessoas singulares dos actuais 39,6% para 37%, o que poderá confirmar a ideia de que as famílias com maiores rendimentos serão as mais beneficiadas.

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