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Boicote ao Youtube e Google está a preocupar investidores

Impacto da polémica dos anúncios do YouTube no Google pode ascender a 750 milhões de dólares.

Bloomberg
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Uma semana depois do início do boicote de grandes empresas à publicidade no YouTube, do Google, os analistas começam a fazer contas aos eventuais prejuízos desta pólémica. PepsiCo, Walmart, Starbucks, AT&T, Verizon, GSK, Johnson & Johnson, Enterprise, Loreal, Coca Cola e Volkswagen são alguns dos pesos pesados que anunciaram nos últimos dias boicote à publicidade no You Tube. Uma lista onde já constam 250 nomes de empresas.

O banco Nomura calcula que a empresa vai perder cerca de 7,5% das receitas, que eram estimadas em 9,4 mil milhões de euros (10,2 mil milhões de dólares), ou seja, prejuízos de cerca de 700 milhões de euros (750 milhões de dólares). Mas há quem seja bastante mais optimista. "Estimamos um impacto negativo de -1% neste ano e no próximo, acreditanto que o problema seja resolvido em breve", disse o analista do Grupo Pivotal, Brian Wieser, numa nota enviada ontem, segunda-feira dia 27 de Março, aos clientes.

 

Para já, e desde que a polémica rebentou, a Alphabet - que detém Google, YouTube, X Company entre outras empresas – perdeu cerca de 4% em bolsa, ou seja cerca de 23 mil milhões de euros (25 mil milhões de dólares), entre os dias 17 e 23 de Março.

Há rumores no mercado, já publicados nas páginas de vários jornais, que indicam que alguns dos grandes anunciantes que aderiram a este boicote estão a tentar aproveitar a polémica para negociar melhores condições para publicidade digital, num mercado dominado pelo Google e pelo Facebook, refere o analista do UBS Eric Sheridan. O Financial Times é um dos jornais de referência que fala desta pressão dos anunciantes numa tentativa de encontrar melhores condições.

Outro dos grandes receios dos investidores é que esta reação dos anunciantes possa contagiar o negócio de busca do Google ou afectar o lançamento do serviço de TV online do YouTube, esperado para este ano.

 

O protesto começou no Reino Unido, onde foi noticiada a associação dos anúncios a vídeos extremistas, mas estendeu-se aos Estados Unidos, depois do Wall Street Journal ter noticiado que continua a haver vídeos do Youtube com publicidade de marcas associada a conteúdo extremista ou inadequado. Para tentar minimizar os efeitos desta polémica a Google anunciou que vai apertar o controle e contratar mais pessoas para a sua área de análise de conteúdos para introduzir mudanças na inteligência artificial que está por detrás do algoritmo que determina os vídeos aos quais os anúncios são associados.

Tal como o Negócios escreveu na semana passada, em Portugal, a APAN - associação de anunciantes - referiu não ter recebido dos seus associados queixas por causa dos anúncios, mas já várias firmas vieram a público falar dos perigos para as marcas desta junção no Youtube. O Google e Facebook pesam cerca de 70% das receitas publicitárias online em Portugal. 

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